Postado às 06h47 | 03 Mar 2023
Ney Lopes
Um tema em debate no mundo é a permissão ou não de uso do aplicativo de mídia chamado “TikTok”, desenvolvido por uma empresa chinesa, em princípio para as pessoas postarem vídeos dublando músicas.
O TikTok surgiu em 2014 e chegou no Brasil em 2018.
Em 2019, abriu o seu escritório de representação em São Paulo. No entanto, foi em 2020 que ele se popularizou no país e consolidou o seu sucesso.
Essa rede social é vista por cada vez mais pelos governos como uma ferramenta que pode ser usada para comprometer a segurança nacional.
Nos Estados Unidos há quem descreva o Tik Tok como “porta de entrada do Governo chinês".
No Canadá, o Governo anunciou a intenção de proibição nos celulares de funcionários públicos. A medida é preventiva.
A Presidente do Conselho do Tesouro canadense explica, que representa um “nível de risco inaceitável” para a vida pessoal e segurança, mas disse não existirem indícios de que tenham sido comprometidas informações governamentais.
Enquanto ao redor do mundo constatam-se mais de um bilhão de usuários ativos, no Brasil essa plataforma de vídeos contou com 74,1 milhões de usuários em janeiro de 2022.
As estatísticas mostram que 66% utilizam o TikTok com a finalidade de se distraírem, uma vez que grande parte dos vídeos do aplicativo são conteúdos de humor e descontração.
Entretanto, o “TikTok” vem sendo gradativamente proibido.
A Índia proibiu em 2020, alegando preocupações de segurança.
São vários os países e entidades que alegam os mesmos receios ao justificarem restrições ao uso da rede social chinesa em dispositivos governamentais.
Quase um terço da população da Índia usava o aplicativo.
A preocupação já chegou à União Europeia, que decidiu proibir o aplicativo na administração pública.
A medida foi justificada com a necessidade de “proteger a Comissão contra ameaças de cibersegurança e ações que possam ser exploradas para ciberataques”, sem que tivessem sido dados detalhes sobre se houve algum incidente concreto até agora.
Em Taiwan, os departamentos governamentais também proibiram o aplicativo chinês.
Nos Estados Unidos, o Partido Republicano apresentou na Câmara dos Representante proposta que permite que o Presidente dos Estados Unidos proiba o TikTok à escala nacional.
Na verdade, a preocupação crescente com os riscos de segurança associados ao TikTok é que o regime chinês consiga acessar aos dados dos utilizadores e consiga manipular os utilizadores ou espalhar desinformação, impondo uma governação por algoritmo, que é uma sequência de instruções ou comandos realizados de forma sistemática com a finalidade de resolver um problema ou executar uma determinada tarefa.
Sem dúvida, mais um problema criado pelo próprio avanço cientifico da humanidade.
Agora é aguardar!