Postado às 07h17 | 02 Set 2021
Ney Lopes
Já se passaram oito meses, desde que a primeira pessoa no mundo foi vacinada contra a covid-19.
Várias dúvidas surgiram nas campanhas de vacinação.
Haverá necessidade de terceira dose de reforço para o restante da população?
Israel começou a administrá-la em pacientes com câncer, transplantados e outros que possam ter sofrido uma diminuição da proteção da vacina.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) se coloca contra, argumentando que a prioridade neste momento deve ser priorizar a doação de doses às regiões que estão atrasadas em seus programas de imunização. Até o momento, notam-se que as evidências científicas somente recomendam a terceira dose para imunossuprimidos (aqueles que passaram por um transplante ou pacientes que têm HIV, por exemplo) e idosos.
Nas pessoas acima dos 80 anos, caiu o nível de proteção ao longo do tempo.
São indivíduos que ficaram protegidos no início da campanha, mas hoje é necessário um reforço.
A vigilância epidemiológica está atenta para estabelecer se os níveis de anticorpos vão cair em todas as idades e se será necessária a aplicação de mais uma dose.
As pessoas que já tiveram Covid-19 e tomaram a vacina têm anticorpos por mais tempo.
A recomendação do Ministério da Saúde é que a terceira dose e o reforço sejam feitos com a vacina da Pfizer/BioNTech, independentemente do tipo de imunizante usado na primeira dose.
A relação entre a Coronavac e outras vacinas está sendo estudada pela Unifesp em parceria com o Ministério da Saúde e a Universidade de Oxford. Os participantes da pesquisa (idosos) serão divididos em quatro grupos e cada um receberá um tipo de imunizante.
Os pesquisadores irão avaliar como é a resposta imune para definir qual é a melhor mistura.
Os especialistas reforçam que as vacinas são seguras e essenciais para combater a pandemia de covid-19.
Os imunizantes evitam que mais pessoas sejam internadas e, consequentemente, morram por causa da doença.
No ritmo atual, apenas em 2023 as vacinas estariam disponíveis para todos no mundo.
Neste momento, é difícil dizer se a população em geral precisará de uma dose extra da vacina.
Tudo vai depender de quanto tempo dura a imunidade oferecida pelos atuais imunizantes e das variantes que aparecem.
A conclusão é que, pelas observações, a terceira dose será uma realidade, mais cedo, ou mais tarde.