Postado às 17h02 | 03 Nov 2020
Ney Lopes
A cada minuto que passa nesta terça feira, 3, aumenta a tensão política nos Estados Unidos, com a eleição em marcha. Na madrugada de amanhã, 4, se conhecerão os primeiros resultados.
Mas, o Presidente Trump propaga o “medo”, com declarações fortes de que há risco de ‘fraude’ no processo eleitoral, sem apresentar, até agora, nenhuma prova concreta. Enquanto isso, o temor de violência cresce no país. Os prédios do centro da capital americana amanheceram cobertos por tapumes.
A maioria das barricadas traduz o temor de que as eleições presidenciais descambem para atos inesperados, inclusive saques nos arredores da Casa Branca. De tão cobertos, alguns dos prédios do comércio parecem lacrados. Essa é possivelmente a disputa presidencial mais tensa pela qual os americanos passaram, desde 1864, quando a reeleição de Abraham Lincoln foi confirmada em meio à guerra civil americana, que resultou na morte de 620 mil americanos.
Tensos, armados e protegidos por tapumes, os americanos esperarão, ninguém sabe por quanto tempo, pelo resultado das urnas. Muito estranho esse comportamento do Presidente Trump.
De certa forma assemelha-se a um episódio que envolveu o fundador da Gestapo e comandante-chefe da Força Aérea da Alemanha Nazista, Hermann Göring. Ele, indagado no julgamento de Nuremberg sobre como ameaçava o povo alemão disse:
“Foi fácil, não tem nada a ver com o nazismo, tem a ver com a natureza humana. Você pode fazê-lo num regime nazista, socialista, comunista, numa monarquia e até numa democracia. A única coisa que precisa de ser feita para escravizar as pessoas é assustá-las. Se consegues descobrir uma maneira de assustar as pessoas, podes fazê-las fazer o que tu quiseres".
Hermann Göring garantiu que este método "funciona de igual forma em qualquer país".
Sem dúvida, momento traumático enfrenta o povo americano, sob o olhar inquietante de todo o mundo.
Ninguém sabe o desfecho. Deus queira que, afinal, a Democracia prevaleça.
Só resta torcer por isto.