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Análise: "RN: o que fica depois de Lula"

Postado às 07h50 | 26 Ago 2021

Ney Lopes

No labirinto da atual política do RN sucedem-se fatos, versões e insinuações de toda natureza, envolvendo pessoas e grupos.

O ex-presidente Lula esteve no estado, conversou, “jogou conversa fora” e foi embora.

O que ficou depois dessa visita?

Sobre ser candidato à presidente, ele não disse sim, nem não.

Percebeu, que o “mar” não está para peixe.

O bolsonarismo se agitou, no estilo belicoso e agressivo de sempre. Mostrou que está vivo.

A governadora Fátima Bezerra, investigada sobre aplicação de recursos na Covid19, “mergulha” e alega a inocência, que ao longo de sua vida ela sempre negou aos adversários.

O seu comportamento foi sempre truculento com adversários.

O grupo político conservador, que deveria se opor ao PT local, prefere manter-se ao lado de Fátima e usufruir benesses do governo.

O MDB, rompendo suas tradições, assume a linha de frente para prestar esse tipo de serviço ao lulismo.

Até quando? Ninguém sabe.

Os demais partidos locais estão desfigurados.

O PDT é hoje “sabotado” pelo PT.

O seu “dono”, Carlos Eduardo Alves, ensaiou conversar com Lula, mas não foi recebido. Em última análise, o PDT-RN se resume ao projeto pessoal do ex-prefeito de Natal.

Nada mais que isso

Ele sonha ser o senador de Fátima Bezerra, em coligação, que só será possível, caso Ciro Gomes aceite conversar novamente com Lula.

O resumo da ópera é que se observa um “vazio” de nomes, que tenham comprovada experiência passada, serviços prestados e consistência nos objetivos que desejam atingir.

Alguns pretendentes à militancia política, tentam mostrar resultados positivos em certas áreas, mas omitem que também fracassaram, até na empresa privada.

Desejam apenas protagonismos.

Neste contexto, se estabeleceu verdadeiro marasmo, onde predominam, regra geral, a mediocridade, ou ambições desenfreadas, sem medidas, sem nexo.

Enquanto isso, os dias passam e o RN vai “afundando”...

Dir-se-á que são pretensões legítimas de quem é cidadão buscar mandatos, candidaturas, presença na política.

Sem dúvida que é.

Não há proibição.

Porém, há que se considerar que na física todo espaço vazio deve ser logo preenchido por outro capaz de produzir resultados.

"A natureza tem horror ao vácuo".

Qualquer porção de matéria retirada deve ser logo ocupada por outra.

Se a lei da física prevalecer, até outubro de 2022, o “vazio” da oposição à Fátima e ao PT terá de ser preenchido.

Cabe destacar, que há um fato claríssimo: o povo ainda aguarda alternativas.

Poderão surgir até abril de 2022

Nunca Marco Maciel teve tanta razão, quando afirmou que enquanto há prazo, há tempo.

O eleitor ainda nada decidiu.

Apenas, olha o cenário, de longe!!!!!

Ele espera nomes, alternativas, novas opções para enfrentar o terrível desafio de reconstrução, após a pandemia.

Não se duvide: novas opções surgirão

E mais: o eleitor percebe que não poderá embarcar ao lado de aventureiros, arrivistas, ambiciosos, inconsequentes, “paraquedistas”, oportunistas de plantão...

Aqueles que desejem ser opções confiáveis  futuras terão de possuir perfil de credibilidade e confiança.

O difícil é que a classe política parece, ainda, não acreditar nisso.

Só acredita na “composição” imediata dos Fundos Partidários ($$$$).

Caso assim prevaleça, o “partido da Assembleia e dos Fundos” “cuidará”, a peso de ouro, das reeleições proporcionais.

E a eleições majoritárias – presidente, governador e senador – caminharão com critérios específicos de sobrevivência, sem controle.

Ao final do processo eleitoral é esperar para ver o que acontecerá no RN (e no Brasil também).

 

 

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