Postado às 07h27 | 26 Jan 2021
Ney Lopes
O Fórum Econômico Mundial reúne-se anualmente na Suíça, com a presença de chefes de estado e bilionários globais. Este ano foi instalado ontem, 25, e terá participações virtuais, em razão da pandemia.
O tema central é impacto do coronavírus na economia e a forma como ele vai remodelar a sociedade no mundo pós-pandemia. Não há previsão de participação do presidente Bolsonaro.
O governo brasileiro será representado pelo vice-presidente Hamilton Mourão.
Nos primeiros debates, tudo gira em torno da desigualdade social e concentração de renda no mundo. Note-se que essa é preocupação dos bilionários do planeta e não dos pobres, ou classe média.
Peter Grauer da Bloomberg, chamou a atenção para a responsabilidade de empresas e de seus executivos no combate à desigualdade. “É uma corrida sem linha de chegada. Não devemos esperar que as coisas mudem do dia para a noite, mas devemos ser julgados pelo impacto que teremos nesses problemas críticos”.
O Fórum lançou o painel de debates “Parceria para Justiça Racial nos Negócios”, no qual 48 grandes empresas, se comprometem a melhorar a justiça racial e étnica, no ambiente de trabalho.
O objetivo da iniciativa é erradicar o racismo em ambientes corporativos e definir novos padrões globais para a igualdade racial nos negócios. Em outro painel, "Colocando a paridade de gênero no centro da recuperação" são analisados programas governamentais voltados a mulheres, como facilitação ao aborto durante o lockdown e acesso à moradia.
A França teve um crescimento de 42% na violência doméstica com a pandemia.
Não se pode negar a importância deste Fórum de Davos pelo poder que representa para o mundo. A pandemia trouxe ao debate as questões sociais, hoje definitivamente e incorporadas às pautas dos governos responsáveis, que desejem desenvolvimento estável e justo.
Um alerta para o Brasil.