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Análise: "Reforço da vacina contra Covid19"

Postado às 05h50 | 14 Mai 2021

Ney Lopes

Informações da agencia Reuters adiantam que desenvolvedores de vacinas contra Covid-19 estão postulando com ousadia cada vez maior, que o mundo precisará de vacinas de reforço anuais, ou de novas vacinas contra variantes preocupantes do coronavírus.

Alguns cientistas contestam se tais vacina de reforço serão necessárias. ou até mesmo novos imunizantes para combater as variantes do coronavírus.

Esses cientistas revelaram ainda estar apreensivos, com o fato das expetativas das pessoas sobre os reforços das vacinas estarem sendo insinuadas pelas farmacêuticas, e não por especialistas de saúde.

O temor é que o impulso da repetição da vacinação, por parte dos países desenvolvidos, aprofunde a diferença relativamente aos países mais pobres, que ainda lutam por comprar vacinas e que podem levar anos para vacinar os seus cidadãos, pelo menos uma vez.

“Não vemos ainda dados que sustentem uma decisão sobre a necessidade ou não de doses de reforço”, disse Kate O’Brien, diretora do Departamento de Imunidade da OMS.

O presidente-executivo da Pfizer Inc, Albert Bourla, referiu que as pessoas “provavelmente” iriam precisar de uma dose de reforço da vacina da empresa a cada 12 meses, como acontece atualmente com a vacina da gripe, por forma a manter a imunidade contra o vírus SARS-CoV-2 original e as suas variantes.

Mas, de acordo com Tom Frieden, ex-diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA “há zero evidências que sugiram ser esse o caso de repetição da vacina”.

Pelo que se percebe, tudo é ainda indefinido quando se fala de Covid19, embora seja reconhecido o mérito da ciência, que em cerca de um ano identificou a sequência genética do vírus, questões clínicas como onde atua e o que causa, variantes e ofereceu à humanidade o imunizante eficaz.  

Segundo dados da OMS, cerca de 10 vacinas já estão sendo aplicadas no mundo.

Outras 200 estão em desenvolvimento, sendo 60 na fase de testes clínicos.

Sem dúvida, avanço gigantesco da ciência.

Há um aspecto importante a ser considerado, quando se fala das pessoas, mesmo vacinadas transmitirem o vírus.

Os estudos não comprovaram, que os imunizantes reduzem a transmissibilidade.

Todas as vacinas até aqui foram desenvolvidas para evitar sintoma , morte e controlar a pandemia.

Talvez, pela emergência da situação,  os relatórios conclusivos das pesquisas não esclareçam ainda se a vacinação “zera” a transmissão.

A conclusão é que a ciência terá que avançar ainda mais, para dar segurança aos inventos e responder as dúvidas que perduram.

 

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