Postado às 16h35 | 07 Ago 2020
Ney Lopes
O ministro Paulo Guedes agiu de acordo com a lei física de Newton, de que toda ação corresponde a uma reação de igual intensidade. Teve gesto de resistência, ao verdadeiro massacre que americanos e europeus submetem o Brasil, em relação a Amazônia.
O fato ocorreu durante evento promovido pelo “Aspen Institute”, centro de estudos ambientais de Washington.
No Brasil existiram equívocos ao longo dos governos na preservação da floresta amazônica.
Porém, não se pode negar que, ultimamente, o governo brasileiro vem demonstrando interesse numa política ambiental. Tudo começa pela delegação de poderes ao vice-presidente Mourão, que conhece a região e desenvolve trabalhos respeitável, com resultados já colhidos.
Mesmo assim, ouviram-se no evento intervenções acusatórias ao Brasil, da parte de participantes norte-americanos. De pronto, o ministrou rebateu, dizendo sem “meias palavras”, que os americanos não tinham autoridade para acusar, porque eles desmataram as suas florestas. Guedes pediu que os acusadores fossem amáveis, como nós brasileiros somos. De forma enfática concluiu: “Vocês mataram seus índios, não miscigenaram”. Portanto, o ministro reagiu legitimamente.
Por mais que se recomende uma política de diálogo na Amazônia, os americanos precisavam ouvir o que o ministro Guedes lhes disse. A história mostra que, durante o século XIX, os Estados Unidos fizeram limpeza étnica, que resultou no massacre de milhões de indígenas. A raça apache foi destruída pela ação do exército americano. A eliminação dos índios era executada para facilitar o trabalho dos empreiteiros e empresários, que construíam ferrovias.
Os índios foram empurrados para territórios cada vez mais áridos, inférteis, isolados e diminutos. É claro que um erro, não justifica outro. Porém, o ministro Guedes não teve a intenção de justificar omissões do governo brasileiro nessa área.
Ao contrário, citou as providencias em andamento. O que ele fez foi reagir e mostrar que o Brasil tem memória e não pode ser agredido, como vem ocorrendo.
É o caso de afirmar: “quem fala o que quer, ouve o que não quer”.