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Análise: "Quem ganha e quem perde a eleição?"

Postado às 05h28 | 22 Out 2022

Ney Lopes

O país assiste a disputa do segundo turno entre Lula e Bolsonaro, que é o terceiro mais apertado, desde 1989.

A balança eleitoral imprevisível.

Só houve mais acirramento em 2014, com Dilma e Aécio e 1989, na disputa de Lula contra Collor.

Crescimento - O quadro atual lembra 2014, quando a ex-presidente Dilma na reta final da eleição superou em três pontos o oponente Aécio Neves, em pesquisa da Datafolha.

Confirmou-se a hipótese de que, quem cresce no final, ganha a eleição.

Riscos - O “gargalo” de Lula é o crescimento de Bolsonaro em SP, RJ, MG e o Sudeste em geral, o maior colégio eleitoral do país.

Abstenção - Com a “zebra solta” ambos candidatos tentam evitar a abstenção.

Em 2018, 3% do eleitorado que votou no primeiro turno não foi votar no segundo.

Se isso acontecer em 2022, significaria que mais 4 milhões e meio de pessoas deixariam de votar.

A incógnita é saber de quem seriam esses eleitores.

Bolsonaro - No segundo turno, ao tirar o voto de um adversário, se reduz a diferença em dobro, porque tira do outro e traz para si.

Assim a estratégia do Bolsonaro é focar muito no Sudeste e no Nordeste e tentar encurtar a diferença com o Lula.

Lula - Já Lula tentará manter os votos dele, mas precisará crescer alguma coisa.

No Nordeste tem pouco espaço de crescimento, já que atinge dois terços dos votos.

O Sudeste pode ser a “galinha dos ovos de ouro” para o petismo.

Cigana - João Bosco Fernandes foi um assessor político no RN, que conhecia palmo a palmo os caminhos do voto.

Quando a eleição estava difícil, ele costumava afirmar: “nem a cigana será capaz de adivinhar quem ganhará”.

É o caso da disputa presidencial de 2022.

Olho aberto

Medida correta – Oportuna a decisão da governadora Fátima Bezerra anunciando gratuidade nos transportes no dia da eleição.

Com certeza diminuirá a abstenção, facilitando que os mais pobres possam usar a condução gratuita.

Dom Jaime - Nota 10 para Dom Jaime Vieira, arcebispo metropolitano de Natal, ao declarar, que o partido da Igreja Católica é o evangelho.

José Agripino – O senador está embalado com a militância política, mesmo sem mandato.

Com a sua experiência coloca-se bem na cena, inclusive nacional.

Está próximo da campanha de ACM Neto na Bahia.

Em Natal, já lançou o seu correligionário no União Brasil, Paulinho Freire, como candidato a Prefeito de Natal, em 2024.

Hábito – Vem dos ingleses o provérbio o uso do cachimbo faz a boca torta”.

O uso do dinheiro abundante no primeiro turno virou “hábito” e neste segundo os líderes partidários são violentamente pressionados por “ajudas” $$$ e “compromissos futuros”, sob pena do voto não sair.

Solidez - As instituições políticas brasileiras demonstram solidez na preservação da Democracia, diante dos verdadeiros “tsunamis” anunciados para destruí-las.

A constatação da absoluta lisura do voto eletrônico é a  vitória principal.

Irã I – Incrível o que acontece no Irã. Asra Panahi, 16 anos, e alunas da sua escola recusaram-se a cantar um hino de apoio ao regime iraniano durante uma cerimónia.

Foram "insultadas e agredidas" por forças de segurança.

Irã II - Enquanto isso,  mantêm-se  os protestos  pela morte da curda de 22 anos Malsa Amini,  que foi detida por usar o véu islâmico de forma "indevida" e acabou por morrer nas mãos das forças de segurança do país.

Vodca e vinho – O líder russo Putin retomou amizade com o ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, 86, e enviou-lhe presente de 20 garrafas de vodca.

Em retribuição recebeu garrafas do vinho italiano lambrusco

Evolução da ciência – Na medicina, um “tabu” que se desfaz. 

O consumo diário de um ovo pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares, a principal causa de morte no mundo, indica um estudo realizado na China e publicado na revista Heart.

Queda - A inflação nos EUA recua em setembro, menos do que o esperado.

O pico em junho era de 9.1%.

Desde então, vem caindo.

Bocelli - Fato curioso ocorre com o cantor Andrea Bocelli.

Ele processa uma empresa de jatos, na qual alugou equipamento de luxo e lhe foi destinado avião velho e barulhento

O cantor pede indenização de cerca de 587.233 euros, que pagou por voos alternativos, honorários a advogados e danos.

(Coluna publicada hoje no jornal "Agora RN") 

 

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