Postado às 06h05 | 03 Dez 2020
Ney Lopes
A tão esperada vacina contra o coronavírus começará a ser aplicada no Reino Unido, a partir da semana que vem.
É o primeiro país a aprovar vacina da Pfizer.
O mundo respira aliviado e aguarda outros imunizantes, que se aproximam da fase final de testes.
E o Brasil?
Será que temos alguma perspectiva deste produto em nosso país?
Desde que as primeiras vacinas evoluíram para a fase 3 de pesquisas, a última etapa antes da aprovação, viu-se uma disputa em cada país para garantir as doses de uma ou de diversos fabricantes. Algumas nações preferiram diversificar suas apostas.
O Canadá é o melhor exemplo disso: o acordo que os governantes deste país fizeram garantiram uma média de 9 doses de vacina para cada habitante. Logo atrás, aparecem Austrália e Reino Unido, com cinco doses por pessoa No Brasil o. general Eduardo Pazuello, criticou as promessas feitas por algumas produtoras de vacinas.
O ministro foi mais adiante ao dizer que ‘são muito poucas as fabricantes que têm quantidade e um cronograma de entrega efetivo para o nosso país. Quando chega no final das negociações e vai para a entrega e as fabricações, os números são pífios”.
A vacina da Pfizer exige congelamento a temperatura de -75°. A rede de frios em nosso país é montada e estabelecida com aproximadamente 2° C a 8° C." Por essa razão, certamente o Ministério da Saúde optará por outras vacinais, tais como, a Sputnik V, a CoronaVac e os produtos desenvolvidos por AstraZeneca/Universidade de Oxford ou Johnson & Johnson, que requerem uma refrigeração que varia entre 2° C e 8° C, valor facilmente obtido pelas geladeiras convencionais.
A Pfizer anuncia que desenvolveu uma embalagem inovadora em caixas nas quais o armazenamento da vacina a -75 °C pode se dar por 15 dias, em gelo seco.
O governo brasileiro até o momento nada decidiu sobre compra de unidades do imunizante ou uma eventual transferência de tecnologia. Tudo vai depender do avançar das pesquisas e da negociação que será conduzida a partir de agora pelo general-Ministro.
Enquanto isso, o brasileiro indaga quando a vacina chegará ao país.