Postado às 06h12 | 22 Dez 2022
Ney Lopes
Diante dos estragos da guerra Ucrânia e Rússia há uma preocupação entre governos e analistas, em relação ao surgimento de novos conflitos em 2023.
O “The Economista” publicou informações importantes sobre essas possibilidades.
Percebe-se que a guerra fria não se acabou.
Hoje ela se apresenta reencarnada na grande luta global entre o liberalismo político e a autocracia desdobrada na Ásia.
A derrota japonesa em 1945 transformou os EUA dali adiante em uma superpotência na Ásia e permitiu aos americanos construir força militar a partir do território de seu oponente derrotado.
Porém a China cresceu e já é uma segunda superpotência, competindo por supremacia na Ásia.
Taiwan é uma referência na guerra fria dos Estados Unidos e China,
Retomar Taiwan, para o partido comunista, é um objetivo sagrado.
A China considera Taiwan essencial para projetar poder por todo o Leste da Ásia e para o oeste do Pacífico.
O poder da China cresceu e igualmente a sua belicosidade em relação a Taiwan.
O presidente Biden tem declarado, que defenderá a ilha caso ela seja atacada.
Essa mudança em relação à antiga política, de deixar a China tentando adivinhar as intenções dos EUA, preocupa muitos em Washington, que temem que essa posição possa provocar a China a agir mais cedo, em vez de esperar.
Outra guerra Fria é a Coreia do Norte, uma dinastia protegida pela China.
Antes do fim de 2023, possivelmente bem antes, o atual líder coreano ocasionará condenações ao explodir um artefato nuclear no sétimo teste atômico do país, o primeiro desde 2017.
A ogiva será menor do que as detonadas anteriormente.
Kim novamente sublinhará que está preparado para deixar seu povo na miséria e investir em um programa de chantagem nuclear.
Uma fronteira em disputa (Himalaia), de procedência ainda mais antiga, poderá conduzir a outro conflito na Ásia em 2023.
A contenda em alta altitude entre China e Índia tem raiz nas fronteiras desenhadas quando a Grã-Bretanha foi potência colonial da Índia.
Uma guerra na fronteira irrompeu em 1962, da qual a Índia saiu derrotada.
Em 2020, um confronto sangrento matou 24 soldados de ambos os lados.
Nenhum dos países anseia essa guerra.
A China prefere se concentrar em Taiwan, enquanto o primeiro-ministro indiano sabe que nas montanhas a Índia é inferior em armas.
Mas tudo poderá acontecer em 2023.
Algum deslize ou acidente poderá detonar confrontos no Himalaia.
Na verdade, chegamos ao fim de 2022 com o saldo sangrento da guerra Rússia e Ucrânia.
Queira Deus que no próximo ano não confirmem as possibilidades de novos conflitos globais.