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Análise: "Preferência dos líderes mundiais: Biden, ou Trump?"

Postado às 04h39 | 02 Nov 2020

Ney Lopes

O jornalista Demétrio Magnoli escreveu artigo hoje, 2, no “Globo”, em que analisa as preferências dos líderes de vários países nas eleições americanas.

Nos EUA, vermelho é a cor dos republicanos; azul, dos democratas.

Os governantes globais, secretamente ou abertamente, têm as suas opções. A Europa está dividida. No núcleo da União Europeia, Alemanha, França, Itália e Espanha são Biden. Mas, o Reino Unido de Boris Johnson, inclina-se por Trump.

Também dão apoio à Trump o húngaro Viktor Orbán e o polonês Andrzej Duda, líderes nacionalistas, populistas e xenófobos da Europa Central. Também na mesma linha, Erdogan , presidente autocrático da Turquia, que aposta no isolacionismo do republicano para prosseguir sua agressiva política externa, que exige acordos com a Rússia, ataques aos curdos sírios, pressão sobre a Grécia e tensão perene com a União Europeia.

Israel e Arábia Saudita fechados com Trump, o promotor de “plano de paz”, que nega os direitos nacionais palestinos.

O Irã oscila, o que reflete a cisão entre o Estado teocrático e o governo moderado. Ali Khamenei, Líder Supremo, “vota” Trump, uma garantia de confronto com os EUA e, portanto, de hegemonia da “linha-dura” doméstica. O presidente Hassan Rouhani “vota” Biden, que recolocaria os EUA no acordo nuclear, dando fôlego à economia iraniana.

Vladimir Putin, da Rússia, totalmente favorável à Trump, que na Casa Branca assegura o declínio da Otan e a redução da influência dos EUA no Oriente Médio, abrindo espaço à difusão da influência externa russa.

A China é mais complicada.

A rivalidade continuará com Biden ou Trump. Contudo, para os chineses, Trump é melhor por faltar-lhe credibilidade moral e ter isolado os EEUU do resto do mundo.

O reitor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Tsinghua, de Pequim, explica as razões da preferência à Trump: “Não porque Trump causará menos estrago aos interesses chineses que Biden, mas porque ele certamente causará danos maiores aos EUA”.

Neste jogo ainda indecifrável, os americanos irão amanhã às urnas.

Esperar para ver!

 

 

 

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