Postado às 06h08 | 28 Set 2021
Ney Lopes
Para aqueles que somente acreditam em candidatos majoritários com grandes estruturas e apoios, o conceituado jornalista Alex Medeiros lembrou que, em 1988, Jaime Lerner ganhou as eleições de prefeito de Curitiba, em apenas 12 dias de campanha, praticamente sem apoios. Houve desistência de concorrente, que permitiu o seu registro.
Trajetória – Lerner em 1985 perdera a eleição municipal para Roberto Requião e, no ano seguinte, como candidato a vice-governador, perdeu a disputa para a chapa de Álvaro Dias.
Campanha – O opositor de Lerner, deputado Mauricio Fruet, tinha o apoio dos ex-governadores Requião, Álvaro Dias, e liderava todas as pesquisas.
Trunfo – A explicação da vitória de Lerner foi unicamente a sua “credibilidade” e “competência” pessoal. Preencheu o vazio, que o eleitor esperava.
Brasil e RN - Se isso ocorreu na década de 80, imagine-se hoje, com os recursos da tecnologia aproximando as pessoas, permitindo que o "joio seja separado do trigo"..
Chances - Isso comprova as “chances” da “terceira via” na disputa federal de presidente e estadual (governador e senador).
Tudo dependerá de candidaturas com notória “credibilidade” para as eleições majoritárias de presidente, governo e o senado, propostas viáveis e ficha limpa.
Cautela - Deve ser observado que nem toda alternativa surgida poderá ser considerada a "terceira via" desejada pelo povo brasileiro.
Muitos usarão essa denominação por oportunismo, quando em verdade representam a continuidade de tudo que é condenável na política.
Em 2018 surgiu a expressão "nova política" e dela se beneficiaram nomes comprometidos com práticas desonestas, como o ex-governador do RJ, depois cassado por corrupção.
Ostentação – Análise específica do quadro eleitoral do RN mostra que, até agora, para o governo a governadora caminha com céu de brigadeiro.
Ao seu lado, o senador Jean Paul Prates quer reeleger-se.
Para o Senado na oposição, dois candidatos bolsonaristas se engalfinham e considerando o desgaste do presidente dificilmente terão chances, mesmo com a demonstração de força e poder.
Garibaldi- No MDB, o deputado Walter Alves insiste com o nome do pai para o senado como forma de ajuda-lo na reeleição.
Garibaldi Alves pela sua longa vida pública atinge cerca de 15% nas pesquisas, que é o seu capital eleitoral. Será que empolgará e cresce para ganhar a eleição?
Indefinição – Na pré-eleição, o quadro político é indefinido. Até porque, candidatos majoritários como Bolsonaro. Fábio Faria e Rogério Marinho, não estão sequer inscritos em partidos políticos.
Quem tiver bom senso conclui, que surpresas ainda poderão realmente acontecer.
Sinfônica – Oportuna a iniciativa da promoção de concerto da Orquestra Sinfônica do RN no Papodromo, no último domingo. A música clássica precisa ser difundida.
Empresário – Numa roda política falou-se na fidelidade e certeza do apoio político de empresários a candidatos.
Um dos presentes saiu-se com a afirmação de que “lágrima de empresário por um político vai até o meio da face”.
São pragmáticos em matéria de obter vantagens e fiéis a si próprio.
Favorito - A conceituada consultoria Eurasia Group considera o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como favorito para vencer as prévias do PSDB.
Confronto - A fusão entre DEM e PSL deflagrou acirrada disputa com o PSD de Gilberto Kassab, em relação ao lançamento de Rodrigo Pacheco como candidato à presidente.
São feitas promessas a Pacheco para que ele não saia do Democratas. O senador prefere o PSD, que teria mais credibilidade para liderar a terceira via.
Crises - Governo Bolsonaro chega ao milésimo dia vivendo três crises por mês. Levantamento mapeou cem crises no período. 19 ministros já deixaram o governo, o que representa uma mudança a cada 52 dias.
Passagens aéreas - O preço das passagens aéreas explodiu e pode subir ainda mais.
As empresas aéreas querem recuperar o tempo perdido e pesam a mão no bolso dos consumidores.