Postado às 16h48 | 26 Abr 2024
Ney Lopes
Pilar Rahola I. Martínez é jornalista e escritora catalã, com formação política e direitos humanos.
Ela comenta sobre um encontro que teve em Barcelona com uma centena de advogados e juízes que queriam ouvir suas opiniões sobre o conflito Israel-Hamas.
E ela explica o interesse, afirmando que “Israel está sob a lupa midiática permanente e sua imagem distorcida contamina os cérebros do mundo”.
Recebeu prêmio da Federação das Comunidades Judias da Espanha.
Uma centena de advogados e juízes reuniram-se em restaurante de Barcelona para ouvir opiniões de Pilar Rahola Martínez sobre o conflito do Oriente Médio.
A plateia queria escutá-la.
Opiniões de Pilar Rahola
"Todos vocês se sentem especialistas em política internacional, quando se fala de Israel, mas na realidade não sabem nada”
“Israel está sob a lupa midiática permanente e sua imagem distorcida contamina os cérebros do mundo”
“Não existe debate sobre o conflito, existe rótulo; não se troca ideias, adere-se a slogans; não desfrutamos de informações sérias, nós sofremos de jornalismo tipo hambúrguer, fast food, cheio de preconceitos, propaganda e simplismo”.
“Por que se criminaliza um pequeno país, que luta por sua sobrevivência?
“Por que as razões de Israel nunca existem?
Por que as culpas palestinas nunca existem?
Por que Arafat é um herói e Sharon um monstro?
Em definitivo, por que, sendo o único país do mundo ameaçado com a destruição é o único que ninguém considera como vítima? ”
E questiona:
“Por que tanta gente inteligente, quando fala sobre Israel, se torna idiota?
O problema que temos, nós que não demonizamos Israel, é que não existe debate sobre o conflito, existe rótulo; não se troca ideias, adere-se a slogans; não desfrutamos de informações sérias, nós sofremos de jornalismo tipo hambúrguer, fast food, cheio de preconceitos, propaganda e simplismo”.
E destaca: “O pensamento intelectual e o jornalismo internacional renunciaram a Israel.
Não existem.
É por isso que, quando se tenta ir mais além do pensamento único, passa-se a ser o suspeito, o não solidário e o reacionário, e o imediatamente segregado.
Por quê?
Eu tento responder a esta pergunta há anos: por quê?
Por que de todos os conflitos do mundo, só este interessa?
Por que se criminaliza um pequeno país, que luta por sua sobrevivência?
Por que triunfa a mentira e a manipulação informativa, com tanta facilidade?
Por que tudo é reduzido a uma simples massa de imperialistas assassinos?
Por que as razões de Israel nunca existem?
Por que as culpas palestinas nunca existem?
Por que Arafat é um herói e Sharon um monstro?
Em definitivo, por que, sendo o único país do mundo ameaçado com a destruição é o único que ninguém considera como vítima? ”.