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Análise:"Por que Bolsonaro cresce no IBOPE de hoje?"

Postado às 16h44 | 24 Set 2020

Ney Lopes

Saiu hoje pesquisa do IBOPE.A aprovação de Bolsonaro atingiu em setembro, o maior índice, desde o início do mandato. A taxa passou de 29% e chegou aos 40% neste mês. Os que consideram o governo ruim ou péssimo somam 29%. Em dezembro, eram 38%. Já os que classificam o governo como regular continuam representam 29%. A avaliação negativa caiu de 38% para 29% em nove meses.

A pergunta no ar: como se explica essa aprovação?

Inúmeras variáveis poderão ser analisadas.

Destaco como a principal causa, a incompetência da oposição à Bolsonaro. Ele deve agradecer a Deus ter os opositores que tem. O julgamento de um governo exige a aplicação do método comparativo.

E aí vem a observação: qual o partido brasileiro, que se opõe à Bolsonaro, que já apresentou alternativas ao seu governo, com ideias concretas e propostas viáveis?

Qual o opositor de Bolsonaro, que reconhece os seus acertos (e têm muitos) e critica os seus erros, com argumentos bem expostos e sem agressões? 

Veja-se o PT. O que fez Lula até hoje para justificar as teses que adotou durante os três governos petistas, para compará-las com às de Bolsonaro? Apenas ataca, na maioria das vezes com palavras até de baixo calão.

O que acontece?

Bolsonaro a cada diz cresce, porque o estigma da corrupção tomou conta da imagem do PT e leva à rejeição da população.

Além do mais, o partido não dá explicação convincente sobre o seu passado.

Os partidos de centro, ao invés de se unirem na elaboração de um Plano de Desenvolvimento para o país, no qual reconheçam avanços e atrasos do governo Bolsonaro, ficam à espreita de “conversas ao pé” do ouvido, para barganharem vantagens e cargos.

Resultado: o cidadão comum, que não se interessa por política, e quer sobreviver, afasta-se daqueles que não propõem caminhos tranquilizadores para superar as dificuldades da pós pandemia.

A tendência natural  é aprovar o governo Bolsonaro, que pelo menos “conteve” a sangria desatada da corrupção e em alguns ministérios colocou pessoas de boa qualificação.

É o caso de dizer: sem outras alternativas, pelo sim e pelo não, o cidadão prefere dizer “sim” à Bolsonaro.

 

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