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Análise política: "Tô voltando”: guerra, Brasil e RN

Postado às 06h20 | 02 Mar 2022

Ney Lopes

Canto como Simone: “estou voltando” com o blog, após período de recesso.

Diariamente expresso opiniões, análises e informações, através da Internet.

Apenas a “mania”, de quem desde 14 anos exerceu o jornalismo, que complementou o exercício da advocacia militante, durante anos seguidos, magistério no ensino médio e na  UFRN, procurador federal e 24 anos de vivencia como deputado federal, no Congresso Nacional.

Continuarei assim, sobretudo neste ano eleitoral, decisivo para o futuro do país.

O eleitor precisa ser esclarecido, conhecer o que acontece “por trás da notícia”, formar a sua convicção e votar certo.

Atuo com a humildade de quem não se considera dono da verdade, mas toma posições diante dos fatos diários.

Na verdade, o ano de 2022 começa hoje, 2, após o carnaval. Não há como esperar mais.

No mundo, vê-se a hecatombe da guerra da Ucrânia, que inicia novo ciclo na história global.

O autoritarismo de Putin desconhece que no dia 1º de dezembro de 1991, mais de 28,8 milhões de ucranianos, o que representopu 92% dos eleitores  foram às urnas para responder à seguinte pergunta: "Você apoia o Ato de Declaração de Independência da Ucrânia?", até então integrante da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

O resultado da consulta não deixou dúvidas.

O país optou por viver num país independente da URSS.

Até mesmo nas regiões de Donetsk e Luhansk, hoje governadas por  separatistas pró-Rússia, a população apoiou o movimento de independência.

Atualmente, indaga-se sobre quais serão os limites da  audácia do ditador Putin? 

No Brasil, o impossível aconteceu: Bolsonaro, ao declarar neutralidade em relação ao conflito, na prática fica ao lado do líder russo Vladimir Putin, que ordenou os ataques à Ucrânia.

Enquanto isso, o sanguinário ditador rmata sem piedade crianças, mulheres e idosos.

Numa véspera de eleição geral, torna-se difícil evitar perdas políticas decorrentes dessa posição.

Já Lula, o principal opositor do presidente e dirigentes do PT, recentemente enalteceram ditaduras de esquerda e minimizaram críticas a regimes autoritários como os de Cuba, Nicarágua e China.

Também defenderam a regulação da mídia e silenciam sobre a Ucrânia.

Triste destino o do Brasil: ganhando Lula ou Bolsonaro, o ditador Putin terá aliados, em contra mão do que pensa o Ocidente.

E mais: a imprensa será censurada.

No RN, persistem incógnitas, embora surjam os clarões das candidaturas oposiocionistas de Ezequiel Ferreira (governo) e Rogério Marinho (senado).

As chances dependerão das imagens assumidas pelos dois candidatos, seguindo o provérbio popular:”Diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és"

Ezequiel e Rogério terão que ter muita cautela na composição das chapas.

Com o eleitor de "olho aberto" (vejam-se exemplos recentes) será indispensável atrair pessoas e grupos de competência pessoal e credibilidade notória, que avalizem os seus nomes e reduzam desgastes.

Se partirem para o “feijão com arroz”, com indicações políticas, ou graciosamente recompensarem amigos próximos e sem experiência na  vida pública, poderão pagar preço caríssimo.

Veja-se o exemplo de 2014, quando foi armado o maior acordo político e econômico da história do RN, para garantir as eleições de Henrique, governador e Wilma, senadora.

Ambos eram considerados vitoriosos de véspera.

No final, perderam a eleição.

Em 2018, o mesmo fenômeno repetiu-se, com as derrotas de Carlos Eduardo, Garibaldi e José Agripino.

Com rejeição, ou sem rejeição, a governadora consolidou-se como candidata à reeleição, diante da relutância dos adversários.

Ela e o seu candidato ao senado não podem ser subestimados.

Mas, conselho se fosse bom era vendido.

Ademais, ninguém me pediu conselho.

Apenas, um palpite despretensioso.

 

 

 

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