Postado às 05h27 | 27 Nov 2021
Observa-se fenômeno curioso sobre o exercício da atividade pública no Brasil.
Em qualquer roda, cujo assunto seja política, a tendência é o escárnio, o deboche, acusações de corrupção e por aí vai.
Poucos reconhecem o papel fundamental do político numa democracia, mesmo existindo erros, equívocos de alguns eleitos.
Ambições - Com a proximidade das eleições, em nome do direito de cidadania, muitos daqueles que fomentaram o descrédito dos políticos, acham-se “enviados dos deuses” e se candidatam a cargos eletivos.
Vejam-se os exemplos de membros da Lava Jato, que tinham intenções políticas, desde o início da operação.
Direito - É indiscutível o direito do empresário, religioso, militar, auxiliar de governo, membros do judiciário, artistas pleitearem mandatos eletivos.
A discussão é se essas pretensões revelam méritos pessoais não manipulados, vocação para a vida pública, ou são mero oportunismo, vaidade e "egos" inflados.
A legitimidade dessas candidaturas impõe a demonstração prévia de sinais de competência na atividade política pretérita, experiência, propostas sólidas e espírito público.
Qualquer atividade humana exige pré requisitos para o seu exercício. A política não é exceção.
Exemplo – O mandato eletivo pressupõe vocação, militância, habilidades notórias. Veja-se a última eleição do governador Wilson Witzel do RJ.
O ambicioso candidato mesmo sendo um ex-magistrado federal deu no que deu.
Eleitor - A separação do “joio” do trigo é missão indelegável do eleitor, que deve ponderar na escolha da urna para “travar” os aventureiros.
Se assim não agir, perderá o direito de protestar no futuro.
Elogiável – O deputado estadual Francisco do PT-RN fez discurso sobre a prisão do irmão por parte de mãe, que portava drogas, uma arma e munição.
Pela grandeza humana do pronunciamento, todos aplaudiram.
Retomada - PSDB retoma prévias hoje com novo aplicativo e prevê anunciar resultado já amanhã.
O partido contratou uma outra empresa de tecnologia, a BeeVoter
Risco aumenta-Os cientistas alertam sobre a nova variante B.1.1.529, descoberta pela primeira vez em Botsuana e com casos de infecção confirmados na África do Sul e Hong Kong.
O contágio é extremamente alto.
Contágio – Os efeitos da variante chegaram ao Brasil. Bolsa caiu quase 4%; o dólar subiu a R$ 5,70; ações das empresas aéreas despencaram 10%.
O temor é que cepa afete a economia e o mercado de viagens
Carnaval – Os secretários estaduais de Saúde são unânimes na reprovação à realização de Carnaval em 2022.
Há o risco de que as aglomerações gerem uma nova onda de contaminações.
Covid– Portugal anunciou criação da semana de “contenção de contatos”.
De 2 a 9 de janeiro 22, após os festejos de final de ano, as férias escolares serão prolongadas, o trabalho à distância obrigatório e as discotecas permanecerão fechadas para evitar o contágio.
Presidenciável – O MDB indica a senadora Simone Tebet para presidência da República. Se até final de dezembro ela não atingir dois dígitos terá que disputar o senado.
Sem candidato - O Instituto Paraná Pesquisa constatou em pesquisa recente, que 51,5% dos brasileiros não têm candidato a presidente.
Apenas, 33.6% dizem já ter preferência.
Campo aberto para a terceira via.
Bolsonaro sobre Moro – Comentário do presidente sobre a candidatura do seu ex-ministro da justiça: “Quero ver ele em um carro de som falando com o povo. Só isso e mais nada”.
Honraria -O escritor peruano Mario Vargas Llosa eleito membro da Academia Francesa.
É o primeiro autor de língua estrangeira a ingressar na instituição histórica fundada em 1635.