Notícias

Análise: "Planos de saúde: martírio dos usuários"

Postado às 15h40 | 15 Out 2024

Ney Lopes

Não se pode negar os benefícios dos planos de saúde privados como forma de complementar os serviços de saúde a população. Para isso, a economia terá que ser aberta e permitir a livre concorrência. No Brasil, infelizmente não é assim. Os planos de saúde lideraram o ranking de queixas, conforme levantamento recente do Idec (Instituto de Defesa de Consumidores).

Há verdadeiros martírios (constatados em Natal), com o beneficiário do plano aguardando período longo de dias para liberações de exames. Muitas vezes, ao final, o plano nega, com o paciente convalescendo em UTI. Quem vai à justiça, regra geral ganha. Mas, muitos não têm condições de ter um advogado. Reajustes excessivos, reembolso e negativa de cobertura constituem a maior “dor de cabeça” de quem recorre ao plano.

Estudo

O pesquisador Eduardo Magalhães Rodrigues, pós-doutor em economia política pela PUC de São Paulo, constatou em estudo, que juntas, sete empresas da área da saúde controlam outras 192 e fazem parte do grupo de 1% das corporações que possuem mais de 20% das ações das empresas mais poderosas do Brasil. A saúde privada “é um setor mais dominante do que se imagina”.

As “sete irmãs da saúde” é a expressão que o pesquisador Eduardo Magalhães Rodrigues usa para se referir às empresas da saúde privada. São elas: Rede D´Or, DASA, Eurofarma, Notre Dame, Amil, Aché e Hapvida. Segundo o pesquisador, essas “empresas fazem o que querem. Elas sentam em uma mesa e determinam quais serviços vão ser oferecidos, em qual qualidade e a que preço”. Controlam cerca de 63,5% do PIB, devido suas conexões acionárias.

Lucro

No primeiro trimestre de 2024, os planos tiverem lucro líquido de R$ 3.3 bilhões, segundo a ANS. Mesmo em tal situação, de forma ridícula essas empresas dizem que têm prejuízo com os convênios médicos. De forma inesperada, cancelam convênios de doentes graves, idosos, autistas, etc. Verdadeira “via crucis”!

O mais grave é a omissão da Agencia Nacional de Saúde de regular o setor e evitar abusos. Igualmente omisso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que deveria regular a concorrência entre empresas no Brasil, evitando justamente os oligopólios como esse que formam as setes irmãs da saúde. Essa é uma questão em aberto, que precisa solução;

Curtinhas

+ O presidente Lula estará participando hoje, a partir de 20 horas, de comício pró deputada Natalia Benevides para prefeita de Natal A concentração será na Avenida Paulistana, entre a Área de Lazer do Panatis e o Colégio Hipócrates na Zona Norte de Natal.

+ Cidade em Nova York pagará R$ 100 mil a quem quiser morar lá. Um programa está oferecendo até R$ 100 mil em subsídios para atrair novos moradores para a cidade de Rochester, no estado de Nova York

+ 2018, na sua primeira incursão na política, foi a segunda deputada federal mais votada do Brasil, com 1.078.666 votos. A primeira entre as mulheres. Agora, a fragorosa derrota nesta eleição para a Câmara Municipal de SP veio com apenas 1.673 votos para vereadora.

Hoje na história

1923 – A Walt Disney Company é fundada por Walter Elias Disney e Roy Oliver Disney.

1936 – Inauguração oficial do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, primeiro aeroporto brasileiro com finalidade civil.

1945 – Criação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).

1946 – Execução por enforcamento de dez dos 12 militantes do partido nazista condenados à morte no Julgamento de Nuremberg (Alemanha).

1978 – O cardeal polonês Karol Vojtyla é eleito como 264º papa, adotando o nome João Paulo II.

1984 – O bispo sul-africano Desmond Tutu é agraciado com o prêmio Nobel da Paz.

1945 – Criação da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação).

1946 – Execução por enforcamento de dez dos 12 militantes do partido nazista condenados à morte no Julgamento de Nuremberg (Alemanha).

 

 

Deixe sua Opinião