Postado às 16h58 | 17 Set 2020
Ney Lopes
No próximo dia 3 de novembro realizam-se eleições nos EEUU para Presidência e Congresso. Internauta indaga como é o sistema eleitoral para as eleições parlamentares, gastos de campanha e partidos.
Esse país difere substancialmente da maioria das democracias no mundo, no que se refere ao financiamento público de seus partidos políticos. O dinheiro público aplicado é mínimo. Para custear suas atividades, os partidos norte-americanos dependem muito mais de recursos privados, que compreendem doadores individuais e autofinanciamento, nos casos em que o candidato financia a campanha com seu próprio dinheiro.
Existe ainda dinheiro originário dos chamados grupos cívicos, em defesa de determinado tema, ligados a lobistas, chamados de super. PACs, que influem muito na campanha.
O financiamento público é apenas para candidatos à presidente, que têm de cumprir muitas exigências, como, por exemplo, arrecadar quantia inicial por conta própria em um determinado número de Estados, antes de receber a verba pública. Aqueles que aceitam esses subsídios ficam sujeitos a limites de gastos, inclusive de seus recursos pessoais, e não podem arrecadar nem gastar fundos privados.
Os recursos financeiros disponíveis para o financiamento público de partidos são oriundos de uma taxa voluntária, que o eleitor pode pagar no ato da entrega de seu formulário de imposto de renda.
Nas eleições de 2012, tanto o presidente Barack Obama, quanto seu adversário Mitt Romney, abriram mão do financiamento público.
Quanto a partidos, a política é dominada por dois partidos: Democratas e Republicanos.
A constituição americana não fala em partido, não há nada que regule. Então tem dezenas (inclusive o partido comunista), mas são irrelevantes, ou locais. De tempos em tempos, um desses elege alguns representantes, a nível municipal.
Nunca elegeram Presidente.
Os partidos nada recebem de dinheiro público.
Não há fidelidade partidária e o voto é facultativo.
Neste contexto, os americanos assistirão em 2020 a eleição mais acirrada da história: Trump e Biden.
Prever o resultado é impossível!