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Análise: "Para onde caminha Lula?"

Postado às 15h27 | 01 Jul 2024

Ney Lopes

O olhar da cena política nacional demonstra, que poucas vezes o presidente Lula demonstrou tantos sinais de inquietude política e insatisfação com o modelo adotado para o seu governo. É oportuno lembrar que, antes de tomar posse, o presidente Lula anunciou os alicerces do que deveria ser o futuro da administração.

Falou em paz, democracia e oportunidade. Disse ele à época: “Vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, não apenas para os que votaram em mim. Somo um único povo. Este país precisa de paz e união. Este povo está cansado e enxergar no outro um inimigo. É hora de baixar as armas, que jamais deveriam ter sido empunhadas”.

Melhoras propósitos não poderiam existir. Só que o presidente se afastou dessa linha de paz e conciliação. Prevaleceu a influência dos auxiliares próximos, que defenderam o “troco imediato”, a ameaça, a violência política, a linguagem baixa no tratamento dos adversários.

Alguns exemplos.

Durante a cerimônia de anúncio da realização da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30) em Belém o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de "gângster" e "vagabundo".

Chegamos aos dias de hoje com esse clima de antagonismo grosseiro e ofensivo na política brasileira.

É incrível a capacidade de auto exaltar-se e ao mesmo tempo atingir os outros, sem medir as palavras.

Acontece com Lula no caso citado e em outros episódios recentes.

Cabe lembrar o refrão popular: “ o macaco enrola o rabo, senta em cima, e critica o rabo do outro.“.

O desequilíbrio verbal e mental levou o presidente Lula a outras declarações inconvenientes. Vejamos algumas.

Outro momento que causou polêmica foi quando Lula disse que pessoas que sofrem de deficiência intelectual têm “problemas de desequilíbrio de parafuso".

A fala foi feita durante o anúncio de investimentos em segurança nas escolas, após o ataque que matou crianças numa creche em Blumenau.

Em entrevista coletiva quando visitava a Arábia Saudita, Lula atribuiu à Ucrânia, que foi invadida pela Rússia, responsabilidade pela guerra.

Antes, quando visitava a China, sugeriu que Estados Unidos e Europa contribuem para a continuidade da guerra.

Com essas reações inusitadas, Lula mantem-se na posição inflexível de alterar os princípios do arcabouçou fiscal, por ele aprovado recentemente.

Partiu abertamente para a campanha municipal, visitando cidades e assumindo compromissos com obras e desembolsos financeiros.

A equipe econômica está em pânico.

Questionou a autonomia e a postura política do presidente do Banco Roberto Campos Neto. Defendeu um novo presidente comprometido com o desenvolvimento econômico e criticou isenções fiscais para os ricos.

Basta ver o que aconteceu com o dólar, que fechou acima de R$ 5,50 quando grandes investidores projetavam R$ 4,50 no fim do ano. O dólar fechou em alta no mundo todo, mas, no Brasil, foi ainda mais empurrado por Lula. É um movimento que pressiona a inflação e, consequentemente, os juros.

O PIB cresceu 3% no ano passado e tem a perspectiva de ficar acima de 2% este ano, o desemprego está no menor patamar em uma década, bem como a pobreza

O ministro Haddad inspira confiança e age com equilíbrio, mas é combatido pelo PT e as vezes o próprio Lula, que recentemente disse sobre ele: “O Haddad é uma pessoa muito importante para mim e para o país e quero muito bem a ele. A gente tem divergência e não comungo com tudo que ele pensa nem ele comigo, mas ele tem 100% da minha confiança”.

Admite-se que o mercado sofra críticas de um governante. Afinal, não se trata de um Deus, intocável. Mas, o confronto permanente, como está acontecendo com Lula, gera instabilidade e colabora para o crescimento da inflação e desequilíbrio das contas públicas.

Está na hora de parar para uma reflexão!

Hoje na história

Em um dia como este, no ano de 1961, morria o consagrado escritor e jornalista norte-americano Ernest Hemingway. Aos 61 anos, enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória, Hemingway decidiu tirar a própria vida em Ketchum, Idaho (EUA), onde disparou um fuzil de caça contra si mesmo. Com histórico de suicídio na família (seu pai havia tirado a própria vida), todas as personagens do escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica".

Neste 2 de julho, no ano de 1940, o salário mínimo no Brasil passava a vigorar no país. Getúlio Vargas foi o responsável pela instituição do salário mínimo no país.

Esta data é ainda o Dia da Independência da Bahia: Fim do domínio português no Brasil, com a derrota final dos partidários da coroa portuguesa na província da Bahia.

 

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