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Análise: "Para onde caminha a economia mundial"

Postado às 16h28 | 01 Dez 2020

Ney Lopes

Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) faz previsão de ligeira alta na economia global em 2020, mas avisa que a recuperação em 2021 será desigual entre os países. A economia global deverá cair 4,2% em 2020 (três décimas menos face às anteriores previsões) e registar o mesmo crescimento em 2021.

A organização reiterou que a crise está longe do fim e que a recuperação entre os países será desigual. É o caso do Brasil, onde a projeção de queda do PIB ficou em 6%, melhor do que em estimativas anteriores, mas ainda abaixo da média global (impulsionada pela China) e de países como EUA e Alemanha.

Entre os países europeus, a OCDE antecipa que a economia francesa cresça 6% em 2021 e 3,3% em 2022. O PIB italiano deverá avançar 4,3% no próximo ano e 3,2% em 2022, enquanto a Alemanha deverá contrair 5,5% em 2020 e recuperar 2,8% em 2021 e 3,3% em 2022.

O grande vencedor, em termos comparativos, será a China, que além de ser o único membro do G20 que evitará a recessão este ano (com o PIB avançando 1,8%), será também aquele que apresentará uma maior recuperação no próximo ano (8%).

Enquanto a China se recupera rapidamente, o cenário será mais tortuoso para Estados Unidos, que devem contribuir menos com a recuperação nos próximos anos do que seu atual peso na economia. A projeção é que a economia americana contraia 3,7% este ano (ante 3,8% no último relatório), e depois crença 3,2% em 2021 e 3,5% em 2022.

A OCDE avisa, no entanto, que a perspectiva de vacinas não deve ser uma desculpa para que os governos retirem de forma prematura as medidas de apoio à economia. Ainda estamos no meio de uma crise pandêmica, o que significa que a política econômica ainda tem muito a fazer.

Os números escondem as grandes variações entre os países, com a produção em muitas economias devendo permanecer cerca de 5% abaixo dos níveis pré-crise em 2022.A OCDE reiterou que os governos mundo afora precisam garantir que as políticas públicas atuem na redução das desigualdades acentuadas pela pandemia.

A sorte está lançada para o mundo.

Deus nos ajude!

 

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