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Análise: "Pandemia: o dilema de manter ou suspender eventos"

Postado às 06h20 | 23 Dez 2021

Ney Lopes

A “torcida” natural é pela volta das atividades normais, permitindo que as pessoas trabalhem e sobrevivam com os seus familiares.

Não se pode ser contra essa realidade, que a economia coletiva mostra.

Porém, a catástrofe da pandemia traz consigo um dilema, que precisa ser ponderado com muito equilíbrio e sensatez pelos poderes públicos.

A OMS resumiu esse dilema com a frase:  "Um evento cancelado é melhor que uma vida a menos" e reforçou os cuidados a ter durante as épocas festivas.

O líder da OMS foi mais adiante, ao dizer: “Estamos todos fartos desta pandemia. Todos queremos estar com as nossas famílias, mas para melhor as proteger e nos protegermos. Em alguns casos, isso significa anular um evento".

A recomendação às famílias e às pessoas que tencionam estar juntas durante as festas de fim do ano é para pensarem duas vezes.

Ainda a OMS alertou:

É melhor cancelar agora e celebrar mais tarde, do que celebrar agora e lamentar mais tarde. Nenhum de nós quer estar aqui de novo dentro de 12 meses, a falar de oportunidades perdidas, desigualdades continuadas, ou novas variantes”.

A propósito,  um potiguar amigo, que reside há anos em Paris, informou-me que o risco de contaminação na França é enorme.

Disse que na segunda-feira próxima, o governo fará um conselho de defesa para tomar medidas rigorosíssimas, duríssimas, no combate à pandemia.

O Congresso está em recesso, mas, se reunirá em caráter de urgência, também na próxima segunda-feira, para votar leis indo no mesmo sentido.

A tradicional casa de espetáculos “Moulin Rouge” anulou todas as reservas, devido casos de Covid.

Os fogos de artifícios já foram proibidos nas principais cidades francesas, por determinação governamental.

A ministra da Saúde de Portugal admitiu que o país pode ultrapassar o máximo de casos diários já registados desde o início da pandemia de infecções pelo coronavírus, devido à elevada capacidade de transmissão da variante Ómicron.

A Espanha registou quase 50 mil novos casos de covid-19, o número mais elevado desde o início da pandemia.

A ação preventiva mais radical é a desencadeada nos País Baixos: confinamento geral pelo menos até meados de janeiro.

Para conter o avanço da variante Ômicron, os Estados Unidos irão distribuir 500 milhões de testes gratuitos, mobilizar militares e aumentar a capacidade de vacinação

Independente de posição política, ideológica ou até cientifica, o mundo vive a quinta onda da pandemia de covid-19.

A variante “Ômicron”coloca o planeta em emergência.

O vírus se espalha significativamente, mais depressa do que a variante Delta.

E é mais provável que as pessoas já vacinadas ou recuperadas da Covid-19 possam ser infectadas, ou reinfectadas.

Estamos diante de uma realidade dura.

A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Press.

A regra neste período natalino e de final de ano é cautela no presente e solidariedade humana que permita o acesso às vacinas em países desfavorecidos.

No mais, confiar na proteção de Deus!

 

 

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