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Análise: "Palanque de Trump vende joias, garrafa d’água e Bíblia"

Postado às 06h57 | 20 Out 2024

Trump é um ‘líder emocionalmente esgotado, cheio de ira e imprevisível’. Faz lançamento nos seus comícios de novo modelo de tênis dourado, com a sua marca.

Ney Lopes

Nos Estados Unidos, faltando apenas algumas semanas para o dia 5 novembro, dia da eleição, o ex-presidente Donald Trump transforma o seu palanque de comícios em ponto comercial para vender itens e promover negócios, que não têm nenhuma conexão com sua campanha presidencial.

Com detalhes, o New York Times publicou matéria, mostrando o candidato Trump lançando à venda o último livro de sua esposa, relógio que custa até cem mil reais, cripto moedas, desodorantes, garrafas de água, nova linha de tênis da marca Trump, Bíblias da marca Trump, livros e joias para milhões de fãs, e outros itens, impulsionando as finanças da família, graças ao seu apelo político.  

As vendas de mercadorias são separadas da arrecadação de fundos partidários.

Portanto, um negócio privado a parte.

Militares e migrantes

Por outro lado, Trump aumenta ameaças a oponentes políticos, que ele considera "inimigos".

Nunca antes um candidato presidencial sugeriu abertamente virar os militares contra os americanos simplesmente porque eles se opõem à sua candidatura.

Trump, como muitos notaram, é mais vingativo desta vez, enquanto busca recuperar a Casa Branca, após uma derrota contundente, que ele insiste que foi um roubo.

Os comentários, especialmente em relação aos migrantes, tornaram-se mais desumanos.

Ele disse que eles estão “envenenando o sangue” dos EUA – um aceno à Teoria da Grande Substituição, a conspiração de extrema direita de que a esquerda está orquestrando a migração para substituir os brancos.

Trump afirmou que as pessoas que estão chegando eram “prisioneiros, assassinos, traficantes de drogas”.

Cadeia para Hillary

As ameaças de vingança de Sr. Trump não são novidade: ele tem falado sobre punir seus adversários políticos desde sua corrida de 2016, quando ele repetidamente insistiu que sua oponente, Hillary Clinton, deveria ir para a cadeia e encorajou multidões a gritar “prendam-na” em seus comícios.

Os discursos de Trump são “descontinuados”, mistura de vários assuntos sem sentido lógico, que ganham manchetes por sua estranheza se qualquer outro candidato as dissesse.

Vem demonstrando flertar com as teorias da conspiração de fraude eleitoral em larga escala e acusações de que o sistema de justiça está sendo usado como arma contra ele.

Elogia líderes, incluindo o presidente Vladimir V. Putin da Rússia e o primeiro-ministro Viktor Orban da Hungria, por serem homens fortes autoritários.

Doença mental

O comportamento do ex-presidente preocupa seus aliados.

Recentemente, Trump cantou e dançou por 39 minutos, em comício na Pensilvânia após emergência médica na plateia.

A opinião geral é que assistir ao discurso completo de Trump mostra melhor como está a sua cabeça: uma miscelânea de vinganças pessoais e profissionais, comparações frequentes com outras pessoas famosas, algumas ideias políticas simples e muitas coisas sem sentido que desviam para histórias quase ininteligíveis.

Mais de 230 médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, estão pedindo ao ex-presidente Donald Trump, que divulgue seus registros médicos.

Kamala Harris, candidata democrata, criticou a recusa de Trump em apresentar o laudo clínico e questionou o seu estado mental.

É o mínimo, que a democrata teria que fazer.

Curtinhas

+  Prefeitos chegando em Brasília na próxima semana. Objetivo: ávidos pela liberação das emendas que faltam e, de quebra tentar garantir mais dinheiro para o ano que vem.

+ Os petistas em SP não estão empenhados na campanha de Boulos. A prioridade é resolver a questão das emendas,

Hoje na história

1926 – É registrada a passagem de um dos maiores furacões da história de Cuba.

1947 – Brasil rompe relações com a União Soviética.

1970 – A Embratel e a Companhia Telefônica da Espanha assinam convênio para a implantação de um cabo telefônico submarino entre o Brasil e a Espanha.

1973 – Inauguração do Sydney Opera House

1974 – A peça de teatro Calabar: o Elogio da Traição, de Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra, é proibida pela Censura Federal do Brasil.

1990 – Surgimento da MTV Brasil.

1991 – Ayrton Senna é tricampeão mundial de Fórmula 1.

 

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