Postado às 05h16 | 09 Out 2020
Ney Lopes
Cerca de 700 líderes executivos das maiores empresas do mundo foram ouvidos em pesquisa da “Bloomberg”, empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência internacional de notícias de economia, com sede em NY.
A avaliação se referiu à estabilidade política, recuperação econômica, controle do vírus e a capacidade de adaptação social à pandemia.
A Nova Zelândia foi quem melhor geriu a covid-19 e é o país que dá mais confiança para investimentos futuros. Depois da Nova Zelândia, vem o Japão e em terceiro lugar Taiwan. Seguem-se Singapura, China, Tailândia e Austrália.
O Reino Unido e os EUA foram o nono e o décimo classificados. A posição do Brasil não é mencionada.
O ministro das finanças da Nova Zelândia, Grant Robertson, justificou que o plano do governo de agir "cedo e de forma dura" contra o vírus foi um sucesso. A Nova Zelândia é uma das economias mais abertas do mundo. As providencias adotadas já eliminaram até a “segunda onda” do vírus, que permite o país estar um passo à frente das demais nações e começar a abrir oportunidades de investimento de apoia à recuperação e reconstrução.
Mais da metade dos líderes empresariais ouvidos disseram que ainda estão muito preocupados com a pandemia, especialmente em mercados como Japão, Malásia e Tailândia.
Cerca de 58% dos executivos definiram-se como extremamente preocupados com a covid-19 manifestando críticas aos chefes de governos negacionistas, como Trump. Apenas 40% acreditavam que as viagens internacionais normais seriam retomadas dentro de seis meses.
A sondagem mostrou que as principais preocupações das empresas são a enorme quantidade de problemas desconhecidos, que poderão ainda surgir, a falta de apoio do governo local e segurança dos dados.
Os empresários demonstraram prioridade para a transição digital dos seus negócios, aumentando os recursos humanos e os planos de saúde, bem como as medidas de ciber-segurança (proteção contra roubo ou danos ao hardware, software ou dados eletrônicos).
A verdade é que um “novo mundo” começa a surgir, depois da pandemia.