Postado às 06h16 | 04 Mar 2023
Ney Lopes
Passaram-se os primeiros 50 dias dos governos empossados em 1° de janeiro.
No RN nada mudou no estilo da governadora reeleita Fátima Bezerra, salvo a euforia de ser "próxima" do presidente Lula e aspirar ajudas substanciais para o estado.
Sem dúvida é um trunfo, que precisa ser bem aproveitado.
Eólica - A prioridade do governo é o aproveitamento de um potencial de fornecimento de energia eólica “off shore” (no mar) na costa do estado, próximo de 100% do total da atual da oferta de energia no país (hidrelétrica, termoelétrica, eólica, nuclear e solar), que corresponde a 180 gigawatts em operação.
Meta - O caminho será usar essa energia captada no mar e transformá-la em hidrogênio para exportação.
O somatório de governo e iniciativa privada, certamente consolidará essa meta econômica.
Paz política - No país, o presidente Lula insiste na necessidade de pacificação política.
Entretanto, as vozes discordantes estão vindo do seu próprio sistema.
É o caso da deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Talvez por não ter sido ministra, como aspirava, a parlamentar não mede palavras, em certas críticas ao governo
Indecente - Ela classificou de “indecentes” os dividendos da Petrobras e insiste em mudanças na política de preços, através da eliminação da paridade de preços internacionais e revisão na distribuição de dividendos.
Chegou a dizer que se a Petrobras não seguir essa orientação estará se fazendo um "estelionato eleitoral".
Aliou-se ao PSOL nesse combate.
Alvo - Haddad e Gleisi têm diferenças sobre economia como água e óleo.
Em documento recente do PT havia um reconhecimento nominal a atos do ministro na discussão da reforma tributária e do novo arcabouço fiscal.
Na versão final, este trecho foi retirado.
Atribui-se ter sido iniciativa da presidente Gleisi Hoffmann.
Um confronto que terá novos capítulos no futuro.
Anais – A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RN transcreveu nos anais o artigo publicado nesta coluna sobre o centenário da morte de Rui Barbosa.
Proposta do desembargador Glauber Rego.
Agradeço a distinção.
Justiça – A Câmara Municipal de Natal outorgou a medalha padre Miguelinho a ex-vereadora Eleika Bezerra.
Justa a homenagem pelos relevantes serviços prestados pela professora à educação do estado.
Bolsonaro I – O jornal francês “Le Monde” publica reportagem, em que classifica a viagem à Orlando do ex-presidente como um “espetáculo bizarro”.
Bolsonaro II– Prossegue o periódico:
“Há um mês, ele liderava o 5º maior país do mundo. Hoje em dia, está vagando pelos supermercados da Flórida, comendo frango frito sozinho em restaurantes de fast-food e cortejando torcedores na entrada de uma casa”.
Bolsonaro III – Ao que se sabe, até agora, Bolsonaro ainda não foi convidado pelo dileto amigo “Trump” para ir até a residência do ex-presidente dos Estados Unidos.
Bolsonaro IV- Hoje, 4, Bolsonaro por acaso se encontrará com Trump.
Ambos participam em Washington DC de um Congresso político conservador.
Biden & Lula – O presidente Biden pensa como o presidente Lula.
No Congresso americano classificou de “escandaloso” o lucro das empresas de petróleo em meio a alta dos preços dos combustíveis.
Defendeu taxação mais pesada em recompra de ações para incentivar investimentos.
Petrobras - A Petrobras finalizou 2022 com um lucro de US$ 36,6 bilhões, um crescimento de 84,2%.
O número é o terceiro maior entre as principais companhias petrolíferas do Ocidente, ficando atrás da ExxonMobil e da Shell.
Militares – A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é transferida para a Casa Civil e deixa de ser dirigida por militares.
O novo chefe é ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF) Luiz Fernando Corrêa.
Desistência - O partido Novo ensaiou recusar dinheiro do Fundo Partidário.
Desistiu pelo fato de que a recusa acrescentaria mais R$ 2.3 milhões na quota do PT.
Adesismo - ACM Neto protesta contra o adesismo do “União Brasil” liderado pelo presidente Luciano Bivar.
O senador José Agripino, vice-presidente da sigla, declarou na “Tribuna da Bahia”, que “a maioria do União Brasil é centrista e não vai fazer parte de forma aderente ao governo”.
Contra – Os governistas estão empenhados em evitar a instalação de uma CPI sobre os acontecimentos de 8 de janeiro.
Motivo: não será bom vasculhar as ações do PT no passado.