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Análise: "O que será do Brasil?"

Postado às 05h30 | 15 Out 2022

Ney Lopes

Decidi ausentar-me na reta final da eleição de 2022, por razões pessoais, que prefiro omiti-las.

Volto à coluna, com o lema e o compromisso da “Informação com opinião”.

Julgamento - Os leitores julgam a opinião emitida sobre os “fatos do dia a dia” e pessoas.

Aceitar ou rejeitar o ponto de vista emitido é um direito de cada um.

Tensão - Não se pode negar, que o segundo turno das eleições presidenciais coloca-se como o destaque do momento.

Uma lamentável realidade mostra a nação em clima de guerra e apreensão, quando deveria ser tempo para o debate de propostas e ideias.

Lado a lado - De um lado, especulam-se “fake News” sobre a vitória do PT significar a volta de escândalos de corrupção e o alinhamento do Brasil a ditaduras de esquerda.

De outro lado, propaga-se o temor da reeleição de Bolsonaro enfraquecer a democracia, sobretudo a independência do Poder Judiciário e as liberdades religiosa e de imprensa.

Medo - Lula e Bolsonaro estimulam os eleitores a decidirem com base no “medo” de eventual sucesso do adversário.

Para atingirem esse objetivo, divulgam as mais absurdas acusações e hipóteses.

Postagens apelativas sobre costumes e desinformação superam discussões inadiáveis, acerca do combate a  fome, desemprego e inflação nas redes sociais. 

Ao invés disso, predominam baixarias de lulistas e bolsonaristas envolvendo maçonaria, satanismo, canibalismo, zoofilia, “CPX”, pedofilia, fechamento de igrejas, crime organizado e comunismo

Inconciliáveis - A principal dúvida da tensão política atual é o que virá depois.

O país não pode transformar-se numa nação de irreconciliáveis.

Seria o caos.

Pacto - A campanha de segundo turno deveria ter se concentrado na discussão de um pacto suprapartidário, que permitisse a governabilidade, no “day after” da eleição.

O pacto deve ser interpretado como uma discussão ampla, do que será melhor para o Brasil, após 2022.

A política deve ser feita com a aproximação de convergências e superação de divergências.

Esse processo supõe firmeza de ideias, de propostas e ética de conduta.

Há exemplos históricos.

Após a II Guerra Mundial, houve o pacto de Prestes com Getúlio Vargas, em torno da união nacional pela redemocratização.

Em 1967, Lacerda, João Goulart e Juscelino Kubitschek firmaram pacto para o início da redemocratização.

Em 1984, o PMDB e a ala dissidente do PDS (“a Frente Liberal”) criaram o pacto que permitiu a retomada do Estado Democrático de Direito.

Ganhe quem ganhar, sem a existência desse “pacto” de paz nacional, o que será do Brasil no futuro?

Só Deus sabe!

Olho aberto

RN – As urnas potiguares confirmaram a liderança política da governadora Fátima Bezerra.

Na oposição, o prefeito de Natal Álvaro Dias hesitou no início, tomou posição na reta final e é o nome mais forte para disputar o governo em 2026.

Salvo, se Rogério Marinho pretender o governo do estado, ou tomar outro rumo.

Solidez - As instituições políticas brasileiras demonstram solidez na preservação da Democracia, diante dos verdadeiros “tsunamis” anunciados para destruí-las.

A confirmação da absoluta lisura do voto eletrônico é a principal vitória.

Evita pretendidos abalos institucionais. 

Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) I - Internauta comenta a hipótese propagada e pede esclarecimentos jurídicos sobre uma possível impugnação do diploma de senador do eleito Rogério Marinho.

Trata-se de  uma ação eleitoral de natureza cível- constitucional (Art. 14, §§ 10 e 11 da CF/1988).

Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) II - O objetivo dessa ação é punir a prática de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude; impedir o exercício de mandato que foi conseguido através do abuso de poder econômico, corrupção ou fraude e garantir a normalidade e a legitimidade do pleito.

Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) III – Diz-se que além do PDT de Carlos Eduardo, outros partidos subscreveriam o pedido.

Evolução da ciência – Na medicina, “tabu” que se desfaz.

O consumo diário de um ovo pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares, a principal causa de morte no mundo, indica um estudo realizado na China e publicado na revista Heart.

Queda - A inflação nos EUA recua em setembro, menos do que o esperado.

O pico em junho era de 9.1%. Desde então, vem caindo.

Bocelli - Fato curioso ocorre com o cantor Andrea Bocelli.

Ele processa uma empresa de jatos, na qual alugou equipamento de luxo e lhe foi destinado avião velho e barulhento

O cantor pede indemnização de cerca de 600 mil  euros, que pagou por voos alternativos, honorários a advogados e danos.

Comércio I - Boa notícia para o comércio mundial.

Esse setor da economia  recupera-se mais rapidamente, após a pandemia.

É estimado crescimento rápido em 2022 e 2023, superior a década anterior, de acordo com estudo intitulado Trade Growth Atlas.

Comércio II - A maior contribuição vem do e-commerce, que deve continuar a crescer substancialmente.

Comércio III - As previsões do FMI indicam que 55% do crescimento do comércio até 2026 se darão em economias avançadas, ao passo que 45% ocorrerão em economias emergentes.

(Coluna publicada hoje, 15, no jornal AGORA RN)

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