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Análise: "O que esperar da economia e política em 2024"

Postado às 05h18 | 30 Dez 2023

Ney Lopes

2024 está batendo na porta, trazendo apreensões.

Existe o temor de que a inteligência artificial eliminará mais empregos, do que criará.

Após 2023 ter sido o ano mais quente, a temperatura global poderá subir ainda mais em 2024.

A maioria (59%) acha que passaremos mais tempo trabalhando no escritório, do que trabalhando em casa.

Juros altos retraem o consumo, as guerras causam estragos e os desastres climáticos se tornam mais comuns. 

Na economia,, as previsões são mais amenas.

O PIB real global crescerá  em ritmo mais lento, - 2,3% em comparação com a estimativa de 2,7% em 2023.

A tendência de queda da inflação  deve continuar.

Estima-se  inflação anual de preços ao consumidor global de 4,7% em 2024, abaixo dos 5,6% estimados.

Os cortes de juros começarão, de acordo com as circunstâncias específicas de cada economia.

Na América Latina, por exemplo, cairam as taxas de inflação.

A flexibilização, em curso no Chile, Brasil e Peru, deve continuar, com cortes de juros também no México, no primeiro semestre de 2024.

O dolar americano deverá desvalorizar-se, em função do abrandamento no crescimento econômico  e a inflação dos Estados Unidos.

O iene deve valorizar-se em relação ao dólar americano, com mais força do que outras moedas.

A economia da China continental terá   melhoria gradual no nível de confiança do setor privado e possível saída da recessão do mercado imobiliário.

A previsão é um crescimento  anual do PIB de 4,7% em 2024, abaixo dos 5,4% esperados em 2023.

A política fiscal do Canadá e Estados Unidos prevê muitos incentivos na transição energética.

Os subsídios para expansão de projetos de energia verde, se destinarão  a construção de fábricas de semicondutores, inclusive instalações operacionais de captura de carbono.

Novos projetos similares estão em fase de planejamento ou em construção.

Na política, em 2024 um movimentado calendário eleitoral cria certas incertezas.

Esses fatores influirão nas previsões econômicas.

A agenda política será definida nas campanhas de várias importantes economias emergentes, incluindo a Índia e Indonésia na primavera e México, no meio do ano.

As eleições para o Parlamento Europeu também estão agendadas para junho.

A eleição presidencial dos Estados Unidos pode ter consequências imprevisíveis no comércio, geopolítica e as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, criando-se um obstáculo para as perspectivas econômicas.

2024 colocará holofote sobre o desempenho de várias democracias globais.

Serão realizadas mais de 70 eleições em países, que abrigam cerca de 4,2 bilhões de pessoas – pela primeira vez, mais da metade da população mundial.

Percebe-se a existencia de uma  dinâmica instável no mundo, tanto para a economia, quanto a política.

Opinar sobre o que esperar em 2024 é tarefa extremamente difícil. 

Por isso, as previsões são mero  “palpites”!

 

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