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Análise: "O que acontece se Charles III abdicar ou morrer"

Postado às 05h11 | 09 Fev 2024

Príncipe William, Príncipe de Gales, e o Rei Carlos III caminham no sepultamento da rainha Elizabeth II.

Ney Lopes

O diagnóstico de câncer de Carlos III, da Inglaterra, vem gerando hipóteses sobre o que acontecerá se ele for declarado incapaz de cumprir os seus deveres constitucionais.

Em que situação ficaria a rainha Camilla se ele morrer ou abdicar?

O Palácio de Buckingham já anunciou que o rei continuará realizando a sua programação, durante todo o tratamento.

Outro cenário seria o doente decidir abdicar e cuidar da saúde.

Nesse caso, o príncipe William, seu filho mais velho é primeiro na linha de sucessão ao trono.

Há três opções: conselheiros de Estado, regência e abdicação.

Tradicionalmente, além do cônjuge do monarca, os conselheiros nomeados são os quatro adultos seguintes na linha de sucessão.

Atualmente seriam: rainha Camilla, príncipe William, príncipe Harry, príncipe Andrew e princesa Beatrice.

Apesar de, teoricamente, Harry fazer parte do Conselho, por ainda manter residência no país, há o entendimento de que ele abdicou de seus deveres ao romper com a monarquia.

Além disso, Andrew foi afastado devido suas polêmicas por acusações de abuso sexual.

Em 2022, uma lei incluiu neste grupo a princesa Anne, filha da falecida rainha Elizabeth II.

Conselheiros de Estado podem desempenhar certas funções do soberano enquanto ele está doente, mas não podem dissolver o parlamento.

A possibilidade de nomear um primeiro-ministro, continua a ser  questão em debate.

Eles não podem exercer poderes, em relação aos outros 14 reinos  integrantes da Comunidade Britânica.

A segunda opção é uma regência.

Isso ocorre, se o rei  por motivo de enfermidade for incapaz de desempenhar as suas funções.

A regência é iniciada por declaração do cônjuge do soberano, o lorde chanceler, o presidente da Câmara dos Comuns e o senhor chefe de justiça da Inglaterra.

O soberano não controla quando ou por quanto tempo se prolongará a regência.

A Lei exige que o príncipe William seja regente, já que ele é o próximo adulto na linha de sucessão à coroa.

A opção final para um monarca incapacitado é a abdicação.

Juridicamente, significa o ato jurídico pelo qual um soberano abandona o poder, geralmente no benefício de um membro de sua família.

No caso improvável de abdicação ou a morte do atual rei, caberia ao príncipe William decidir sobre o destino de Camilla.

Ela poderia viver em qualquer uma das várias residências reais.

Camilla não seria  esquecida.

Apesar dos escândalos que antecederam o seu casamento com o rei Charles, Camilla foi abraçada por muitos britânicos, após a cerimonia de sua coroação na Abadia de Westminster.

Com a ascensão do rei William ao trono, sua esposa, a princesa Kate, se tornaria rainha.

Sendo a mãe do príncipe George, que passa a ser o  futuro monarca, Kate teria muita  influência no reinado.

Assim é a tradição no Castelo de Windsor.

 

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