Postado às 04h47 | 11 Jun 2020
Ney Lopes
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o clube dos países ricos do mundo, divulgou nesta quarta, 10, relatório, que alerta, ainda mais, a questão das medidas de prevenção à pandemia no Brasil. Mantido o quadro atual, a perspectiva é de queda de 7.4% da economia brasileira. Todavia, se houver um segundo surto no último trimestre do ano, a economia derreterá em 9.1%. Países emergentes como o nosso, Rússia e Índia, no bom cenário, terão queda de 8% e 7,5%.
o pior dos cenários podem perder 10% e 8,2%. A economia mundial deve sofrer contração de 6% em 2020. Infelizmente, os prognósticos (Deus queira que estejam errados) são de que o Brasil irá sofrer nova investida da doença muito em breve, caso as as medidas de distanciamento social e redução de deslocamento não estiverem em plena atividade. O que se observa é que a epidemia cresce no país, embora em algumas regiões diminua.
O relatório aponta que o número de infectados ultrapassou 500 mil no final de maio e que os óbitos aumentam rapidamente, com uma curva ascendente das mortes diárias.
A capacidade das UTIs é avaliada em 15,6 leitos por 100 mil habitantes, com grande escassez em algumas regiões, incluindo o Norte e o Nordeste Pesquisadores e cientistas mundiais insistem que que só se consegue conter o vírus, com restrição de viagens entre municípios e distanciamento social.
O Presidente Bolsonaro e o general-ministro da Saúde, todos os dias afirmam o contrário.
Além disso, a crise política só cresce. Hoje, esse é o grande dilema do Brasil. Mais grave, do que o vírus em si.