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Análise: "O gênio João Carlos Martins"

Postado às 07h06 | 21 Jun 2020

Ney Lopes

Assisti neste sábado, 20, na CNN-Brasil uma entrevista humana, calorosa e de fé na vida (veja no site do canal, na íntegra). O entrevistado foi o Maestro João Carlos Martins, considerado um dos maiores intérpretes de Bach do século XX. Aos 21 anos apresentou concerto no Carnegie Hall, patrocinado por Eleanor Roosevelt. Gravações entre as mais vendidas no mundo.

Ele chegará na próxima quinta, 25, aos 80 anos, quando fará “live” imperdível, em seus canais no Facebook e YouTube.

É impressionante a história de vida. Perdeu a mobilidade do seu instrumento de trabalho, que era a sua mão esquerda. Após procurar médicos nos Estados Unidos e Europa, em 2012 ancorou a esperança no brasileiro o renomado neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, que, sem gratuitamente, operou o seu cérebro e implantou mão biônica, desenvolvida por um designer industrial de Sumaré (SP).

O milagre aconteceu. Voltou a tocar piano com a mão esquerda. Ao terminar a cirurgia, agradeceu ao dr. Niemeyer, que considerou um gênio, humilde e dedicado, que mantém 150 leitos para pessoas carentes no RJ.

A entrevista da CNN é repleta de momentos edificantes e lições de humanismo.

Senão vejamos algumas frases ditas por ele.

“Graças a essas luvas extensoras, depois de 22 anos, estou colocando os dez dedos no teclado”. A minha vida sempre foi baseada na disciplina de um atleta, e na alma de um poeta”.

“Depois que recebi essas luvas extensoras, estou tendo a oportunidade de estudar cerca de sete horas por dia, como quando eu tinha oito anos de idade”.

Eu comecei a acreditar numa coisa chamada trajetória da esperança. A música não só salvou minha vida, mas a música explica que Deus existe”.

“A pós-pandemia vai mostrar um planeta diferente, onde a desigualdade possa diminuir”.

“Aos 80 anos, eu estarei anunciando os meus projetos para os próximos 20 anos”. “A idade não é motivo para que os sonhos não possam ser vividos”.

“Perder as mãos para o piano foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. E perder as mãos para o piano foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, porque eu virei maestro”.

Aplausos!!!

 

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