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Análise: "Notre Dame depois do incêndio"

Postado às 15h27 | 09 Dez 2024

Ney Lopes

Na sexta feira, 12, de abril de 2019, o meu neto João Manoel, 13, visitou, em minha companhia e Abigail, a belíssima Catedral de Notre Dame, em Paris, obra-prima gótica medieval e pedra angular da cultura e da fé europeias.

Encantou-se com a beleza do templo.

Era uma viagem para que ele tivesse conhecimento do acervo histórico do velho mundo.

Três dias depois,15 de abril, já na cidade do Porto, João Manoel chorou copiosamente, quando viu na TV as chamas do incêndio que devorou ​​o telhado da Catedral  e quase derrubou as paredes.

Juntos, rezamos no apartamento do hotel.

Reabertura

No último sábado, 8, cinco anos após a tragédia, já reformada, a Catedral de Notre-Dame reabriu suas portas, com o sino centenário tocando e seu “órgão de 8.000 com tubos primeiro gemendo — e depois rugindo de volta à vida”.

A brasileira Luciana Rodrigues Lemes, de 29 anos, ajudou a restaurar esse órgão de Notre Dame. 

Ela é harmonista, a pessoa que cuida da parte de afinação do instrumento, além de restauração dos tubos e fabricação.

Por acaso, estava na França em busca de emprego. Uma empresa francesa contratou-a. Luciana confessou que o mais emocionante foi escutar os organistas, que são os melhores do mundo, tocando o instrumento — e depois elogiando o trabalho.

Assim, o Brasil esteve representado na restauração de Norte Dame.

Presenças

“Irmãos e irmãs, entremos agora em Notre-Dame”, disse Laurent Ulrich, o arcebispo de Paris, antes de cutucar três vezes as portas da catedral com a ponta de seu cajado, feito com uma viga do telhado que sobreviveu ao incêndio.

O convite foi atendido pelo presidente Emmanuel Macron, além de Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, Donald Trump, USA, o chanceler alemão Olaf Scholz.

Doações

Apresentaram-se ao público, o pianista chinês Lang Lang, o tenor franco-suíço Benjamin Bernheim e “outros famosos”.

Os doadores bilionários que contribuíram com mais da metade do orçamento de restauração de € 800 milhões também estavam presentes, como Bernard Arnault, chefe da gigante de luxo Louis Vuitton e François-Henri Pinault, que dirige a Kering, dona da Gucci.

Notre Dame ressurge das cinzas e volta a encantar o mundo!

Queda de um sanguinário ditador

O mundo livre se alegrou no último final de semana:  caiu o sanguinário ditador sírio Bashar al-Assad.

É talvez a mais importante reviravolta até agora nos 14 meses, desde que o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 a Israel desencadeou uma onda de retaliação violenta, que mudou a dinâmica de poder no Oriente Médio.

Assad chegou ao poder em 2000, continuando o controle dinástico da Síria por sua família, que já dura mais de 50 anos.

Diante de uma série de sanções do Ocidente, por suas contínuas violações de direitos humanos, incluindo o uso de armas químicas contra seu próprio povo, Assad faz algumas tentativas de se apresentar como protetor das comunidades cristãs.

Entretanto, registraram-se 76 ataques do regime dominante a locais de culto cristãos, em 2022.

Milhares de fiéis foram forçados a deixar suas casas pela ameaça de rebeldes islâmicos linha-dura e militantes jihadistas.

Os cristãos representam cerca de 10% dos 22 milhões de habitantes da Síria.

Os muçulmanos sunitas cerca de 70%.

Diz-se, que o apóstolo Paulo se converteu na estrada para Damasco, enquanto alguns cristãos da cidade de Maaloula ainda falam aramaico, a língua de Jesus

O futuro da Síria é uma incógnita, considerando que os aliados Rússia e Irã estão enfraquecidos, por conta da Ucrânia, de uma economia ruim e diante do sucesso de Israel nas lutas regionais.

É possível que o país esteja deixando seu passado horrível para trás.

Mas, historicamente, guerras civis devastadoras têm legados longos e dificultam o retorno a normalidade.

Agora, espera-se o início de regresso seguro e voluntário dos sírios e a reconstrução do país. Aguardar!

Hoje na história

Dia Internacional dos Direitos Humanos; Dia da Inclusão Social

Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Dia Universal do Palhaço; Dia do Sociólogo"; Dia do prêmio Nobel

1520 – Lutero queima a bula papal “Exsurge”

1799 – O metro é adotado na França como unidade de comprimento

1868 – Em Londres são instalados os primeiros semáforos.

1983 – Churchill recebe prêmio Nobel de literatura

 

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