Postado às 07h08 | 08 Jun 2024
Ney Lopes
Como se diz que política é um assunto local, não custa nada analisar as “idas e vindas” da sucessão da Prefeitura de Natal.
Embora se fale em anúncios de nomes de candidatos, o “palpite” é que tudo poderá ainda acontecer, inclusive nada.
A sucessão em Natal teria hoje como principais candidatos: Natália, Carlos Eduardo, Paulinho e Rafael Motta.
Esses candidatos envolvem projetos “político-eleitorais: PT e esquerda com influência do governo estadual; o prefeito Álvaro Dias construindo a sua permanência na política estadual; o senador Rogério Marinho construindo a sua candidatura ao governo do RN; Carlos Eduardo, reivindicando voltar para o mandato no qual se saiu bem e a resistência heroica de Rafael Mota.
O Palácio Potengi se fixa no nome da deputada Natália Benevides, inegavelmente uma parlamentar atuante e preparada para o exercício da defesa das teses e pontos de vistas mais ortodoxos do seu grupo político, apoiada por aliados nacionais, onde tem bom conceito.
Para agregar apoios no seu partido e coligações, ela não será diferente de outros candidatos do centro ou direita.
Usa a “linguagem” tradicional dos cooptações, na “ajuda a cada um”, na luta pelo voto.
Não há sinais de “propostas ideológicas” em debate, nem mesmo da própria Natália.
O “feijão com arroz” volta a predominar.
O Prefeito Álvaro Dias é um político que aliou “sorte” a “competência”.
Saiu de Caicó e região, com liderança consolidada e aceitou o convite do seu velho companheiro Henrique Alves para ser o vice de Carlos Eduardo.
Henrique, com poder e influência à época, precisava de um nome para indicar em Natal.
O nome foi o de Álvaro Dias.
Revelando extrema competência, Álvaro Dias deixou de ser mero indicado de Henrique, para tornar-se um dos melhores prefeitos de Natal.
Agrega cacife de bom administrador.
Ao aceitar o nome do deputado Paulinho Freire como seu candidato, o prefeito Álvaro Dias ratificou o nome indicado pelo grupo econômico-empresarial, que atua em favor da implantação das metas do Plano Diretor, recém aprovado.
Deixou de lado a via natural de indicar o vice de Carlos Eduardo e somar as forças de centro e direita.
Para crescer, Paulinho terá que combater e tirar votos não apenas de Natália., mas também de Carlos Eduardo, o que não será fácil, pois poderá ter um efeito bumerangue.
Foram recentes aliados.
Por outro lado, Paulinho terá que mudar o seu estilo de fazer política.
Até hoje, preferiu contatos nos bastidores partidários.
Tem fama de cumprir compromisso. Já Álvaro Dias terá que provar se boa administração transfere votos.
O deputado Rafael Motta é um bom quadro político, traído aqui e acola, luta para sobreviver.
O seu lançamento à candidato será hoje, 8, e os caminhos a percorrer são imprevisíveis.
Carlos Eduardo tenta voltar à Prefeitura de Natal.
Manteve-se nos últimos tempos em expectativa, observando o cenário, sem desgastes.
Ao contrário, cresceu e lidera todas as pesquisas.
Há quem chame atenção, para o fato de que, somados os votos que Carlos Eduardo demonstra ter nas pesquisas aos de Álvaro Dias, ele ganharia a eleição.
Mas, até agora, a direita prefere fracionar a votação.
E o centro?
Se existe em Natal, ninguém sabe, ninguém viu, ainda.
Bolsonaro e Lula participarão deste processo?
Que influência terão?
Essa uma conversa que fica para próximo artigo.
No dia 8 de junho de 632, morria em Medina (atual Arábia Saudita), Muhammad ou Maomé, um dos mais influentes líderes religiosos e políticos da história.
Em 610 ele teve uma visão, na qual escutou Deus falando, por meio do anjo Gabriel, que ele deveria ser o profeta árabe da "verdadeira religião.
Quando ele morreu, em 8 de junho de 632, era o líder de todo o sul árabe e seus missionários estavam em ação no Império do Leste, Pérsia e Etiópia.
O império muçulmano foi um dos maiores já visto no mundo, se estendeu da Índia para todo o Oriente Médio, norte da África e península ibérica.