Postado às 06h27 | 14 Jan 2021
Ney Lopes
Os analistas do banco “Credit Suisse” realçam que a produção na China e Ásia já recuperou totalmente do choque no ano passado, antecipando que a produção na Europa e na América do Norte deverá crescer novamente nos próximos meses.
A economia mundial provavelmente irá recuperar em 2021, mas os níveis de produção ainda estarão a nível global aquém das tendências de longo prazo. A retomada dos serviços terá grandes consequências para os investidores e poderá alimentar a percepção de um ressurgimento da inflação.
A vacinação será fundamental.
Os indivíduos vacinados irão procurar refeições em restaurantes, experiências turísticas e outros serviços. Muito antes da imunidade de grupo ser alcançada em qualquer economia, as vacinas irão reduzir o risco de mortalidade esperado, levando a um salto na mobilidade das pessoas e com o apoio dos Estados às famílias terão rápida retomada do consumo.
Espera-se que a inflação nos EUA supere brevemente os 2% no segundo trimestre, mas depois caia abaixo de 2% no segundo semestre do ano.
A tendência para a inflação europeia deverá ser semelhante, “mas em níveis mais baixos”. Neste contexto, o Brasil é a grande incógnita. Terá que fazer o “dever de casa”, o que não será fácil pelo tempo já perdido em querelas políticas.
A questão não será apenas aprovar as reformas.
Tudo se resume em segurança jurídica e estabilidade que faltam ao país.
Mas, não há outra alternativa, senão tentar.
Veremos.