Postado às 05h39 | 07 Mar 2023
Ney Lopes
As maiores vítimas da fraude bilionária que já alcança R$ 49 bilhões e ainda impune das Lojas Americanas são os micro e pequenos empresários.
No total, 5.879 créditos de gente humilde, vitimada pela empresa dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, que controlaram o negócio por quatro décadas (até o ano passado).
São R$118 milhões devidos aos pequenos credores, que as Americanas condenaram à morte.
Representam 38% do total de prejudicados pela fraude.
Boa fé - Se fosse nos Estados Unidos, daria cadeia.
No Brasil, não.
Esses pequenos fornecedores, de boa-fé, confiaram no “trio” bilionário que comandava a empresa e abasteceram mais de 2 mil lojas com produtos, sobretudo no último Black Friday.
As Americanas faturaram cerca de R$5,2 bilhões com a venda de produtos de fornecedores, e embolsaram todo o dinheiro.
Pagamento - Tudo indica que a empresa não terá condições de honrar seus compromissos com os credores.
Pela lei brasileira os trabalhadores têm prioridade de receber salários.
Depois, são os credores que têm garantias reais (o penhor, a anticrese e a hipoteca.).
Em seguida, vem o poder público, com os créditos tributários.
E, por último, estão os credores quirografários, onde está a maior parte dos pequenos fornecedores.
Humildes - Em resumo: os pequenos fornecedores não sabem quando, como e quanto irão receber.
Confirma-se o ditado popular: “a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”.
Lei – Na lei 6.404/76, artigo 117, o acionista controlador deve responder por danos causados por abuso de poder.
Exemplos disso incluem aprovar contas irregulares por favorecimento pessoal, ou deixar de apurar denúncia sabidamente procedente.
Será que o “trio” de acionistas majoritárias, à frente da empresa há 40 anos, não sabia de nada?
Esperança - Cabe à Justiça apurar se houve ou não um ato ilícito de algum acionista controlador.
É isso que deve determinar quem pagará a conta e salvar os micro e pequenos empresários..
TAP - A empresa vai expandir a frequência de partidas do Brasil, com seis novos voos semanais para Lisboa no período de pico do verão europeu.
Destinos como Belém, Belo Horizonte, Brasília e Salvador terão mais um voo semanal, cada um.
Natal infelizmente está de fora.
Dilma - Lula vai à China no dia 27 e pode visitar o Banco do BRICS (união de países de mercado emergente).
O Conselho de administração do banco negocia o término do contrato do atual CEO para dar lugar a Dilma Rousseff
Álcool – Pesquisa da Universidade de Kaiserslautern, na Alemanha, conclui que pão, laranja e molho de soja têm razoável quantidade de álcool.
Um leitor concluiu, que na fiscalização da lei seca, quando a polícia parar um motorista, ele poderá alegar que só comeu pão.
Lobista - O ex-ministro das Comunicações do governo Bolsonaro, Fábio Farias, é o novo diretor institucional do BTG, banco de André Esteves.
Diretores institucionais costumam fazer trabalho de lobista.
Convite - Em maio de 2022, conforme coluna da Globonews, o então ministro Fábio Faria convidou o banqueiro André Esteves para o encontro privado com o bilionário Elon Musk (Tesla, SpaceX e Starlink), no Hotel Fasano Boa Vista de Porto Feliz, em SP.
Torcida - Ao citar que o BTG Pontual era o terceiro banco do Brasil, o ministro Fábio Faria logo acrescentou: “Esperamos que em breve seja o maior".
Lava Jato – O banqueiro foi alvo da operação Lava-Jato, suspeito de crimes como corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro e chegou a ser preso.
Entretanto, o ministro Gilmar Mendes determinou o trancamento do inquérito policial instaurado contra ele, que foi absolvido por falta de provas.
China - A China anunciou a meta de crescimento de 5% da sua economia em 2023.
Terá impacto na economia brasileira pelo aumento da demanda por alimentos pelos chineses.
Pequim acelera os gastos militares.
Este ano, foram 211 mil milhões de euros, mais 7,2% do que em 2021.
Rússia - Segundo estimativas, as perdas das forças russas no conflito na Ucrânia, seriam "200 mil mortos e feridos, mais de 2mil carros de combate destruídos e 1800 oficiais mortos”.
TAP - O Estado português admite manter uma posição minoritária na TAP, após o processo de privatização.