Análise: "Merkel, um exemplo na política"
Postado às 04h57 | 30 Abr 2021
Ney Lopes
As próximas eleições gerais na Alemanha, a maior economia da Europa, serão em 26 de setembro próximo e a chanceler Ângela Merkel já anunciou que não irá concorrer a um quinto mandato.
Doutora em química quântica formada em física, cresceu sob o regime comunista da Alemanha Oriental e se tornou chanceler de seu país.
Durante esses dezoito anos de liderança, não houve denuncia de transgressões contra ela.
Não designou nenhum de seus parentes para cargo no governo.
Em entrevista coletiva, um jornalista perguntou a Merkel: “percebemos que você está usando o mesmo terno, não tem outro? ”.
Ela afirmou: "sou funcionária do governo e não modelo”.
Em outra entrevista, perguntaram-lhe: “você tem empregadas domésticas, que limpam sua casa, preparam comida para você, etc.? ”.
A sua resposta foi: "não, não tenho empregados e não preciso deles. Meu marido e eu fazemos esse trabalho em casa todos os dias".
Em seguida, outro jornalista indagou: quem lava a roupa, você ou seu marido?
Disse: “eu arrumo a roupa, e meu marido é que dirige a máquina de lavar, e geralmente é à noite, porque tem luz e não tem pressão”.
Ela se preocupa com os possíveis inconvenientes para os vizinhos, embora a parede que separa o apartamento seja espessa.
Dirigindo-se aos jornalistas, observou Merkel: “esperava que me perguntassem sobre os sucessos e fracassos em nosso trabalho no governo”.
Merkel reside em um apartamento normal como qualquer outro cidadão.
Ela morava neste apartamento, antes de ser eleita Chanceler da Alemanha.
Inegavelmente, um exemplo para a política, cuja história deve ser divulgada e aplaudida.
