Postado às 17h27 | 30 Abr 2024
Ney Lopes
Alguns velhos amigos de Brasília, com quem converso por WhatsApp, revelam-me muitos fatos por trás das notícias. Trocamos informações sobre este último atrito verbal entre o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Na verdade, o que está em jogo é a sucessão da Câmara, no início de 2025. Essa história de liberações de verbas por bancadas é “um nariz de cera”.
Desde o ano passado, Lira tem apoiado o deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) para o cargo. O nome do presidente do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP) ganhou força no início deste ano. O deputado Antônio Brito (PSD-BA) também é um dos pré-candidatos. Foi alçado à disputa pelo presidente do seu partido, Gilberto Kassab.
Lira teme ter o mesmo destino de Rodrigo Maia (que era do DEM). Tido à época como um dos chefes mais poderosos da Casa, Maia perdeu influência em seu último ano no cargo e não conseguiu eleger seu sucessor, em 2021. Apoiou o deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, que perdeu o pleito para Lira.
Outra grande preocupação de Lira é que, embora o presidente Lula tenha dado a entender que acha correta a pretensão dele fazer o seu sucessor, ponderou e ficou longe de garantir, que se o próprio presidente e seu partido, o PT, apoiarão um nome com perfil do “centrão”.
O trabalho sub-reptício do ministro Padilha tem sido criar situações políticas, que possam facilitar uma candidatura “alternativa” à presidência da Câmara. Daí poderá surgir José Guimarães (PT-CE), escolhido pelo PT para essa missão.
Mendonça Filho – Quem conhece o peso dado nas negociações admite que a solução terá que ser de um nome negociado e qualificado do União Brasil. O partido não negociaria fora dos seus quadros. Nesse caso o perfil que emerge para uma conciliação é o do deputado Mendonça Filho, ex-ministro de estado, ex-governador, ex-deputado federal e larga experiência política. O caminho poderá ser este. Não há nome melhor. Não se sabe a reação de Lira.
Dia do Trabalhador - Hoje é o 122º dia de 2024 e faltam 244 dias para o final do ano.
Greve USA - 1886 - Neste dia, em Chicago, centro industrial dos Estados Unidos, os trabalhadores revoltados com as condições desumanas de trabalho saíram às ruas para fazer suas reivindicações. Uma greve nacional começou exigindo uma jornada de trabalho de oito horas em vez de 12 horas.
Origem - Em 1889, uma federação internacional de grupos socialistas e sindicatos designou o dia 1º de maio como um dia de apoio aos trabalhadores, em comemoração à protestos sindicais realizados em Chicago. Cinco anos depois, Grover Cleveand, Presidente dos EEUU, assinou legislação para tornar o Dia do Trabalho feriado oficial em homenagem aos trabalhadores. O Canadá fez o mesmo.
Mundo - Com a dissolução da União Soviética e a queda dos governos comunistas na Europa Oriental no final do século XX, as celebrações em grande escala do Primeiro de Maio naquela região perderam importância. Em dezenas de países, o Primeiro de Maio foi reconhecido como feriado e continua a ser celebrado com piqueniques e festas, servindo ao mesmo tempo como ocasião para manifestações e comícios em apoio aos trabalhadores.
A tradição diz - Lavar o rosto no orvalho da manhã do primeiro de maio embeleza a pele.
Índia- As comemorações do dia do Trabalho começaram no Primeiro de Maio do ano de 1923. Foi celebrado o evento, organizado pelo Partido Trabalhista Kisan do Hindustão em Chennai (então Madras).