Postado às 06h48 | 06 Jul 2023
Ney Lopes
A história mostra, que acordo econômico entre nações desiguais é muito difícil de dá certo.
Mas, deve ser tentado.
No momento, o presidente Lula assumiu a presidência do grupo de países do Mercosul, composto da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e os “Estados Associados”, Bolívia, em processo de adesão, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
A prioridade do presidente Lula será assinar o acordo entre Mercosul e União Europeia, que vem sendo negociado, desde 1999.
A União Europeia é composta de 28 países e tem o euro como moeda única.
Juntos, esses países movimentam 25% do PIB mundial.
O acordo quase foi concluído em 2019, não chegando a ser ratificado por nenhum dos lados.
O objetivo em relação aos sul-americanos é integrar nossas empresas em setores estratégicos do mercado internacional, gerando empregos de qualidade.
Há ainda um longo caminho a ser percorrido para que esse acordo traga os benefícios esperados.
Quando for assinado, será submetido ao Parlamento Europeu e ao Parlamento de cada um dos 28 países da UE.
O mesmo ocorrerá com os parlamentos do Mercosul.
Há fortes empecilhos pela frente, sobretudo de parte dos agricultores franceses.
Eles sabem que o Brasil é grande produtor de alimentos e temem concorrência desfavorável, em um cenário de eliminação de tarifas.
Se a isenção de tributos é ponto de discórdia, também é o maior benefício do acordo.
Quando entrar em vigor, será o maior tratado de livre comércio do mundo, englobando 32 países, com 780 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços) combinado de US$ 20 trilhões (R$ 100 trilhões).
A última proposta europeia exigia que o Mercosul liberasse 95% das exportações europeias de bens agrícolas e a União Europeia liberaria somente 82% de suas importações agrícolas a partir do Mercosul.
Exigem ainda cotas permanentes, a partir da carne bovina, o que reduziria as atuais exportações brasileiras e argentinas.
As conversas prosseguem.
Porém, jamais poderemos aceitar a proposta dos europeus em debate para firmar esse acordo.
Os interesses comerciais têm que ser favorecidos de um lado e de outro.
Nunca, como está querendo a União Europeia, que é “uma rua de mão única”.
Assim não dá.
Nomeação - A arquidiocese de Natal (RN) acolhe um novo arcebispo: Dom João Santos Cardoso, atual bispo de Bom Jesus da Lapa (BA).
Seja bem vindo!
União Brasil I – O prefeito Allyson Bezerra, de Mossoró, filiou-se ao União Brasil.
Uma boa aquisição da sigla partidária.
União Brasil II – Fala-se que João Maia irá também para o União Brasil, a convite do primo José Agripino, responsável pelo seu ingresso na vida pública do estado.
Voltará as origens.
Espera – Prolonga-se o tempo para o órgão ambiental emitir a licença prévia para engorda da praia de Ponta Negra.
Esse é um tema antigo e portanto pré existem as exigencias necessárias.
Natal não pode perder essa oportunidade por “pequenez” político-ideológica.
Assessoria - O ex-secretário Vagner Araújo é o novo assessor da presidencia da Transpetro, indicado por Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Sem dúvida um nome preparado e experiente para a função.
Reforma tributária – Talvez a mais difícil das mudanças.
Ninguém quer perder.
Somente ganhar, salvo os assalariados, que não têm poder de pressão.
Perdem sempre.
Uma verdade – O jornalista Gustavo Negreiros, em seu concorrido blog, comenta a fraqueza e despreparo de políticos do RN.
Conclui com uma frase “verdadeira”: o povo tem o que merece.
Esse é o problema.
Salvo raríssimas exceções, a responsabilidade pela mediocridade dos nossos quadros políticos é realmente do povo.
E mais – Quanto mais medíocres, incorretos e nada falando, são aplaudidos e chamados de compententes. É assim. Fazer o que?
Democracia relativa – O presidente nada falou sobre a invasão de um convento de freiras brasileiras na Nicarágua, da organização Fraternidade Pobres de Jesus Cristo.
Talvez, o presidente Lula interprete que a barbárie, de responsabilidade do “companheiro” Daniel Ortega, seja uma prova da sua teoria, de que a democracia é relativa.
Inundação – Somente na última terça, o presidente Lula liberou R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares.
É o “mercado persa” legalizado em Brasília.