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Análise: "Maior democracia do mundo confia no Brasil"

Postado às 06h51 | 20 Jul 2022

Ney Lopes

Tocqueville, consagrado pensador político francês do século XIX, na década de 1830 escreveu o livro “A democracia na América”.

As suas conclusões se confirmaram ao longo da história e até hoje, mesmo com imperfeições, a América é a maior democracia mundial.

O destaque no pensamento de Toqueville é que as instituições formam a gênese das sociedades livres.

Elas provam que “os povos guardam sempre as marcas de sua origem”.

A democracia pressupõe a convivência de ideias diferentes, cabendo a todos respeitar a escolha.

Aí surge o papel das instituições, que representam a coletividade, que coordenam os momentos de tensão, sobretudo através das funções do judiciário, executivo e poder legislativo, cuja missão é relativizar e equilibrar os interesses conflitantes.

Ontem, 19, o governo dos Estados Unidos, diante dos últimos fatos que envolveram uma reunião do presidente Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, na qual foram feitas veementes críticas ao Poder Judiciário brasileiro, divulgou a nota a seguir transcrita, que merece reflexão:

“Como já declaramos anteriormente, as eleições no Brasil são para os brasileiros decidirem.

Os Estados Unidos confiam na força das instituições democráticas brasileiras.

O país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores.

As eleições brasileiras, conduzidas e testada ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo.

Estamos confiantes de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado.

Os cidadãos e as instituições brasileiras continuam a demonstrar seu profundo compromisso com a democracia.

À medida que os brasileiros confiam em seu sistema eleitoral, o Brasil mostrará ao mundo, mais uma vez, a força duradoura de sua democracia. ”

Pelo que se vê, a maior democracia do mundo confia no Brasil.

Todos os brasileiros terão que confiar também, como dever de cidadania.

Ao contrário, o Brasil se transformará numa republiqueta, que não é o sentimento nacional.

 

 

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