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Análise: "Gotas de otimismo na política brasileira"

Postado às 09h18 | 21 Ago 2021

Ney Lopes

  1. Termina a semana em clima da maior tensão já havida na política nacional. Observam-se, felizmente, algumas gotas de orvalho sobre Brasília, resultado da condensação de vapores d’água presentes no ar, em forma de gotículas, ao entrarem em contato com superfícies de temperatura mais baixa. Deus queira permaneçam!
  2. Dória chamou Rodrigo Maia (sem partido-RJ) para o secretariado do seu governo.  
  3. Com isso, buscar condições para ser o “quarto elemento” na sucessão presidencial, a fim de quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro.
  4. Hoje, há três candidaturas: Lula, Bolsonaro e Ciro Gomes, que corre se opondo aos dois primeiros.
  5. Lula está empenhado em isolar Ciro Gomes, apelando até para que o PDT não conceda legenda a ele 
  6. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, aproxima-se cada dia mais   do presidente do PSD, Gilberto Kassab, em cujo aniversario recente houve encontro sob encomenda com parlamentares e prefeitos pedessistas
  7. Pacheco era o único que não está filiado à legenda comandando por Kassab. Mas deixou a impressão de que considera necessárias muitas serenidades para o Brasil no curto, médio e longo prazos.
  8. A impressão geral é que Pacheco irá se filiar ao PSD e assumir a candidatura a presidente da República.

Não há “partidos” no Brasil

A começar pelo presidente Jair Bolsonaro, todo político percebe, conhece as dificuldades, enfrenta obstáculos intransponíveis, mas não fazem nada. Trata-se da “armadura de ferro” que protege os “proprietários privados de partidos políticos no Brasil” e dificulta o candidato obter legenda, na qual possa disputar a eleição.

Da forma como está é impossível fazer política com seriedade no país.

A única alternativa seria a candidatura avulsa existente nas maiores democracias do mundo. O Brasil rejeita.

Os “donos” de partidos fazem exclusivamente o que querem, desde que “salvem o seu interesse pessoal”, com pequenas exceções. Depois, abrem um “champanhe e comemoram.

Sempre foi assim!!!!

Fazer o que? Nada!

“Mato sem cachorro”, em 2022

Rejeição de Bolsonaro – A última pesquisa da XP/Ipespe mostra 61% de rejeição de Bolsonaro, dentro do próprio PP, cujo presidente senador Ciro Nogueira ele nomeou chefe da Casa Civil. A bancada do partido não é entusiasmada com o presidente, cuja rejeição reforçará a posição daqueles que não querem Bolsonaro filiado.

Maranhão e SP - Os maranhenses são afinados com o governador Flávio Dino (PSB). Em São Paulo, o deputado Fausto Pinato está mais próximo da terceira via e à candidatura de Geraldo Alckmin, ao governo do estado.

Perigo – Caso Bolsonaro não se afaste da disposição de pedir o impeachment dos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, o chefe da Casa Civil Ciro Nogueira perderá toda força política para  amortecer a crise.

Primeira vez- Seria a primeira vez em que um presidente da República pediria o impedimento de ministros do Supremo. Até hoje, nenhum pedido prosperou no Senado.

Estado de São Paulo – Recebi convite para escrever artigos no jornal “Estado de São Paulo”, independente de intermediação de agencias publicitarias.O editor Fausto Macedo do “Estadão” dirigiu-me mensagem: “Muito obrigado. Seus textos são muito ricos em argumentos para o debate sem radicalismos. Abraços do Fausto”.

Bahia- Os baianos do PP são ligados ao PT do governador Rui Costa e ao senador Jaques Wagner e não votarão em Bolsonaro.

 

 

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