Postado às 17h07 | 14 Ago 2020
Ney Lopes
Tudo indica que as denúncias de que o frango brasileiro exportado para a China estaria contaminado de Covid 19 não passa de “invencione”, sendo mais um capítulo da guerra comercial entre os chineses e os americanos. A notícia veio, após denúncia de que traços do vírus teriam sido descobertos em embalagens de camarões congelados do Equador.
A Nova Zelândia também começa a investigar a hipótese de que um novo foco da doença no país ter começado em frigorífico, que recebe produtos importados.
A OMS já esclareceu que a China encontrou coronavírus numa fração diminuta de embalagens de alimento, e não na carne de frango importado do Brasil, e que não há indícios de transmissão de Covid-19 pela comida.
Essa possibilidade levantada de contaminação teria sido de produto originário da fábrica “Aurora Alimentos”, a nossa terceira maior empresa de processamento e exportação de carne de frango. Até o momento, o governo chinês não se pronunciou, nem o governo brasileiro recebeu notificação.
Tudo leva a crer que seja uma “armação comercial”, considerando que as exportações de carne de frango do Brasil totalizaram 381,1 mil toneladas em maio, alta de 14,4%. Os Estados Unidos e Brasil são concorrentes e lideram a exportação mundial de frango. .
O fechamento de frigoríficos nos EEUU, por conta do Covid 19, têm aumentado as oportunidades de acesso a novos mercados aos produtores brasileiros. O principal impulsionador das exportações da carne de frango brasileira é a demanda da China, Hong Kong, Iêmen, Cingapura, Jordânia, Líbia e Afeganistão. A crise causada pela guerra que Trump declarou a China, provoca nos produtores americanos o temor da perda de mercado.
A partida daí tudo pode acontecer. Inclusive, simular denúncias, de que o frango brasileiro está contaminado de Covid 19.
Só resta ao Brasil enfrentar essa “guerra comercial”, pela certeza de sermos um país de excelência na produção de proteína animal no mundo, seja pelo aspecto de sanidade, seja pela segurança dos processos produtivos, auditados reiteradamente por mais de 150 países.
Quem não deve, não teme!