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Análise: "Federação de partidos cria tensão política"

Postado às 05h20 | 25 Jan 2022

No RN, tudo é incógnita em relação a possíveis federações de partidos.

O PSB junta-se ao PT?

O PL ao PP?

E o União Brasil competiria sozinho?

Rumos – O ex-governador Robinson Faria e o seu filho sempre foram ligadíssimos ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que garantiu a eles a legenda no RN.

De repente, ocorreram fatos nos bastidores, levando Robinson a interessar-se pelo PP e deixar o PSD.

Razões – Admite-se que essa mudança de Robinson Faria seja em função de uma reaproximação que estaria ocorrendo entre Lula e Kassab.

Com o filho ministro de Bolsonaro, seria impossível ele manter-se no partido.

Composição – A proposta de Lula ao PSD passa pelo apoio a Alexandre Kalil (PSD), em MG, para o governo e retiraria a candidatura do ex-governador e senador Jaques Wagner ao governo da Bahia, apoiando em seu lugar o senador Otto Alencar, do PSD de Kassab.

Na chapa, estaria o atual governador do estado, Rui Costa, como candidato ao Senado.

Tensão – Até 2 de abril, prazo fatal para a formação de federações, o clima político será de tensão.

As federações, diferentemente das coligações, precisam se manter durante quatro anos.

Na política brasileira, a cultura é de acomodação, com mudanças de partido constantes.

Competência- Os “competentes” não são aqueles que têm coerência, ideias e propostas. Ocorre o contrário.

Competentes são os que montam “nominatas”, a base de favores, privilégios e dinheiro, para garantir previamente quem ganha a eleição.

Objetivo-As federações seriam para agregar legendas com afinidade ideológica e a redução dos chamados partidos de aluguel.

Mas, os interesses locais impedem que isso aconteça.

Olho aberto

STF- A Livraria do Supremo Tribunal Federal oferece download gratuito de mais de 60 títulos.

Sem gastar um centavo, é possível adquirir, por exemplo, o livro mais importante da coleção — exemplar da Constituição de 1988.

Acesso -  O leitor pode acessar, ainda, a jurisprudência do STF relativa a temas relevantes como diversidade, proteção da mulher, direitos humanos e covid-19.

Cravo e ferradura – “Uma no cravo e outra na ferradura” é a estratégia de Lula.

Falando ao mercado financeiro disse que pretende “botar os pobres no Orçamento e os ricos no Imposto de Renda” e que não dará prioridade a compromissos fiscalistas, mas, sim, a “pagar a dívida social”.

Banco Central – Já sobre a autonomia do Banco Central afirmou que manterá e chamará para conversar com o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, hoje com mandato, e que “o BC tem que ter compromisso com o Brasil, e não comigo”.

Primeiro turno – Muitas indagações sobre a possibilidade de uma vitória no primeiro turno, o que não ocorre desde FHC.

Percentuais – Bolsonaro contaria com cerca de 25 % de votos fiéis. Oscila entre 15 e 20% o percentual de eleitores de direita, antipetistas e anti-bolsonaro.  

Nessa hipótese, iriam hoje para o segundo com Lula, que atinge 42%, o presidente, ou Moro.

O voto útil decidiria a eleição.

Rua estreita – Moro estreita a possibilidade de ampliar seus apoios.

Enfrenta dificuldades internas no Podemos.

União Brasil nada disse sobre a possibilidade de aceitá-lo.

Cidadania descartou a coligação com o ex-juiz.

Divisão – Ala do PSDB que apoiou Eduardo Leite ensaia rejeitar Dória como candidato.

Lideram esse grupo os senadores Tasso Jereissati e José Aníbal.

Resistência - João Doria, apesar do baixo desempenho nas pesquisas, não dá sinais de desistência.

Falecimento - Morreu o escritor Olavo de Carvalho, aos 74 anos. A informação foi divulgada na madrugada de hoje, 25. De acordo com o comunicado da família, Olavo estava internado em um hospital na região de Richmond, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

Ele havia sido diagnosticado com covid-19 no dia 16 de janeiro.

 

 

 

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