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Análise: "Existe também um “centrão” na Europa"

Postado às 16h33 | 26 Ago 2024

Ney Lopes

Existe um “Centrão” na Europa, mas em sentido diferente do brasileiro. No nosso país a palavra designa um grupo de parlamentares no Congresso Nacional que, entra governo, sai governo, fisiologicamente negociam apoios, favores, verbas e orçamentos em proveito próprio.

O que existe na Europa é um agrupamento de partidos e blocos designados na mídia como centro-direita, centro e centro-esquerda, que, de eleição em eleição, domina o cenário político em diferentes combinações e coalizões.

Cartilha liberal

Governam de acordo com uma cartilha liberal na economia, cultuam uma austeridade fiscal ao lado de programas sociais mais ou menos moderados, manifestam preocupações ambientais, ao lado de um protecionismo agrário em alguns casos, guardam uma fidelidade à Otan e mais recentemente manifestam uma vigorosa hostilidade à Rússia, apoiando o governo de Kiev na guerra contra Moscou.

Apesar dos pesares, esse grupo continua hegemônico na União Europeia.

Risco de erros na Inteligência Artificial (IA)

A Inteligência Artificial pode dar errado. Os pessimistas alertam que isso pode acabar com a humanidade. Os otimistas saúdam uma revolução médica.  O Google teve que tirar seu gerador de fotos de IA Gemini, depois de produzir imagens historicamente imprecisas e ofensivas, como negros no tipo nazistas.

IA não é confiável

Essas ferramentas falham de uma maneira clara: elas não são confiáveis o suficiente para serem usadas de forma ampla e regular. Em sua essência, o ceticismo da IA é uma insistência de que, quaisquer máquinas que os deuses do Vale do Silício façam, eles mesmos são apenas humanos. Podem errar.

Para Katia Walsh, Harvard Business School “A tecnologia está avançando tão rapidamente que não há como fazer ‘o suficiente’ de nada, incluindo expandir os recursos de gestão de risco para lidar com a IA. Embora saibamos de muitos deles, imagino que virão vários que ainda são desconhecidos. A tecnologia exigirá atenção contínua nos próximos anos, porque está se desenvolvendo rapidamente”.

Restrições direito das mulheres no Afeganistão

O Afeganistão enfrenta atualmente múltiplas crises sobrepostas, todas elas exacerbadas pela escalada das desigualdades de gênero. Os talibãs emitiram pelo menos 70 decretos que visam diretamente a autonomia, os direitos e a vida quotidiana das mulheres e adolescentes.

Recentemente, a Lei de Moralidade foi oficialmente promulgada, depois de ser ratificada pelo líder espiritual supremo Hibatullah Akhundzada. O objetivo: "promover o bem e proibir o mal" de acordo com a sharia Islâmica.

Eis alguns exemplos: as mulheres devem cobrir o rosto e o corpo para evitar "causar tentação"; não podem usar roupas "atraentes, justas ou reveladoras"; é proibido andar em ônibus desacompanhada por homens; é proibido usar cosméticos ou perfumes para evitar a imitação de estilos de mulheres não muçulmanas; é recitar, cantar ou ler em voz alta em público; é proibido olhar para homens com quem não tenham parentesco consanguíneo.

Restrições absurdas às mulheres

Os talibãs têm desmantelado o acesso das mulheres e das adolescentes à educação, impondo restrições cada vez mais perigosas. As meninas foram inicialmente banidas das escolas secundárias, seguidas por uma suspensão das universidades em dezembro do mesmo ano.

As mulheres forçadas a abandonarem funções na administração pública. A presença no setor privado foi significativamente reduzida e muitas empresas pertencentes a mulheres foram encerradas à força.

As mulheres afegãs são agora obrigadas por lei a cobrir-se completamente, da cabeça aos pés, quando estão em público. A vestimenta deixa apenas uma tela de malha para a visão. Até à data, nenhuma mulher afegã liderou qualquer lugar que tenha influência política, a nível nacional ou provincial.

Mesmo diante da realidade cada vez mais dura, as mulheres afegãs continuam a demonstrar notável resiliência e coragem.

 

 

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