Postado às 06h14 | 08 Set 2020
Ney Lopes
As eleições americanas têm peculiaridades. Este ano as empresas incentivam o eleitor a votar, temendo o caos de guerra judicial após o pleito.
Quase metade dos eleitores alega dificuldades para ir às urnas.
Vários Estados alertaram, que podem não ter funcionários eleitorais para acompanhar a eleição. Estão sendo convocados mais de 350 mil voluntários. As empresas dão tempo livre aos trabalhadores para comparecimento às urnas, que são colocadas nas seções eleitorais localizadas em shoppings, centros comerciais, lojas etc.
O tresloucado presidente Trump vem protestando contra a votação pelo correio, costume que ocorre há anos. Na semana passada, ele encorajou os apoiadores a votarem duas vezes, uma por correio e outra pessoalmente, aumentando a confusão antes do dia da eleição. Mais de um terço dos eleitores registrados devem fazê-lo pelo correio.
Lá o voto não é obrigatório, enquanto no Brasil há pagamento de multa, em caso de não votar. Quase 800 empresas, participam de grupo de ativistas democratas e republicanos, que incentiva o pagamento das horas necessárias para o cidadão deixar o trabalho e votar.
As regras de folga para os trabalhadores votarem variam em cada Estado. Em NY, os trabalhadores recebem até duas horas para votar. No Alabama, os trabalhadores recebem uma hora, sem remuneração. O dia das eleições não é feriado.
A data, desde 1845, é após a primeira segunda-feira de novembro (terça feira). Isto porque, para quem morava na área rural, era necessário ao menos um dia para chegar aos locais de votação, além de tempo para o retorno. Assim, as votações não interferiam nos dias usados para ida à igreja e à feira.
Com tantas curiosidades históricas, a eleição americana de 2020, certamente será a mais controversa e complexa da história.
Trump, em desvantagem, cria dúvidas sobre supostas fraudes e acredita que irá beneficiar-se depois.
Dará certo essa estratégia?
Ninguém sabe!