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Análise: "Economia social de mercado"

Postado às 05h55 | 19 Nov 2022

Ney Lopes

Quando se fala em transição presidencial no Brasil surge sempre a polêmica sobre o poder do “mercado”. Lula expõe suas ansiedades de mudança; economistas de renome alertam para o risco da perda da credibilidade fiscal; outros concordam com o combate à pobreza, desigualdades e fome, porém pedem sinalizações de estabilidade das contas públicas.

Tiro no pé - Há quem considere “tiro no pé” as mudanças que protejam o social e defendam a repressão da demanda pelo mercado para fazer o ajuste. Em contraponto, quem se opõe a essa estratégia é acusado de elevar “artificialmente” o consumo, criando voos de galinha na economia.

Pobres - Um fato é verdadeiro: a política ortodoxa de privilegiar a rigidez do mercado pune os pobres, como igualmente a mesma coisa acontece nas posições opostas. No caso brasileiro, busca-se um rearranjo da economia, e isso só ocorre no longo prazo. Afinal, o mercado não pode comparar-se a Zeus na mitologia grega, visto como intocável e protetor de todos.

Renuncias - Para “rearranjar” a economia serão necessárias renuncias gradativas, de forma a reduzir a concentração de renda no país. Naturalmente, essas renuncias serão daqueles que têm mais riqueza.

Exemplo - O Fórum Econômico de Davos, na Suíça, é o maior encontro capitalista do mundo. Nas últimas conclusões foi ressaltado, que o grande desafio é conseguir resolver as necessidades básicas da população, que passará a ter condições de se preocupar com questões, que vão além da sobrevivência.

Economia - A atual transição de governo não pode desconhecer a realidade global. O caminho é unir a responsabilidade fiscal às carências sociais. Isso só será conseguido com espírito público e muita determinação. O mercado deve ficar a serviço do social e não o contrário. A isso se chama “economia social de mercado”.

Olho aberto

Cerveja - Não será mais permitida a venda de cerveja dentro e nos arredores do estádio da Copa do Catar. A Budweiser, fabricante de cerveja, pagou US$ 75 milhões para ser patrocinadora oficial do evento. Só poderá vender a versão zero (sem álcool). Em locais autorizados, o valor de venda pode chegar a R$ 80. Também proibida “carne de porco e seus derivados”.

Livro – O jornalista conterrâneo, Fifo Nepomuceno, atualmente ligado a Globo News no RJ, lançou nesta quinta-feira, 17, o seu livro “As relíquias do sertão – O gibão do tempo”. O lançamento foi no restaurante Zé Cozinha, no Midway das 16h30 às 18h30 horas. O autor é neto de Ignez Motta e do advogado já falecido Epitácio Andrade, cujo texto literário era tido como um dos melhores da sua geração.

Fazenda – Embora não deseje, cresce a possibilidade de Alckmin ser ministro da Fazenda. Seria um nome de união do azeite com água da transição.

Defesa - O governo nomeará um civil para o cargo de ministro da Defesa. A decisão está tomada, sem divulgação do nome.

Habitantes – O mundo atinge oito bilhões de habitantes. O Brasil, com 217 milhões de habitantes, fica no sétimo lugar da lista.

Erro - Diz-se que Mano Menezes, do Internacional, será o técnico da seleção brasileira. Um erro! A sua passagem no comando da seleção foi um desastre.

Este é o caminho – Finalmente, surge caminho para compensar a quebra do teto de gastos. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin lembrou a antiga sugestão do TCU para revisão das isenções tributárias, que chegam perto de R$ 400 bilhões de reais. Certamente, o mundo irá desabar na avenida Paulista!

Vitória – Realmente uma vitória da liderança do deputado Ezequiel Ferreira de Souza o PSDB RN fazer a maior bancada do país para a Assembleia Legislativa, com31% dos votos.

Meu Deus! O comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, condenou as notícias falsas que classificam como “melancias” generais do Alto Comando, que defendem a posse do presidente eleito. Melancia é a designação dada a comunistas ou simpáticos à esquerda. Em que ponto chegou o radicalismo fomentando país? Meu Deus!

Zema - “Mais do que ter perdido para o próprio candidato Lula, o presidente Bolsonaro perdeu para si mesmo, devido à forma de condução da sua comunicação”, declarou Romeu Zema, governador de MG.

 

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