Postado às 04h28 | 11 Jan 2022
O conterrâneo Antônio Augusto de Queiroz é um dos melhores analistas políticos do país.
Dirige o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, sediado em Brasília.
Ele acaba de publicar demonstrativo, acerca das dificuldades para a conversão de votos em vagas para a Câmara dos Deputados e assembleias legislativas, especialmente na distribuição das chamadas “sobras”.
Novidade- As mudanças decorrem do fim das coligações nas eleições proporcionais, que poderão ser substituídas pela federação de partidos, e do aumento do percentual da cláusula de desempenho e da criação de limites mínimos de votos para concorrer às “sobras”, quando os partidos não atingirem o quociente eleitoral.
RN - No RN, por exemplo, são oito vagas na Câmara dos Deputados.
Para eleger um deputado, são necessários algo em torno de 190 mil votos.
Até 2018, os partidos lançavam 16 candidatos, ou seja, o dobro do número de vagas.
Se tiver coligação, poderá lançar mais oito, chegando a 24 candidatos.
Dificuldades - Agora, não há mais coligações, e cada partido só poderá lançar o número de vagas mais um, num total de nove candidatos.
Para 2022, haverá a exigência do quociente eleitoral e candidatos com 10% do quociente.
Somente participam das “sobras” os partidos ou federações que alcançarem 80% do quociente eleitoral e tiverem candidatos com votos correspondentes a pelo menos 20% do quociente eleitoral, regra que limitará drasticamente a eleição de candidatos de partidos ou federações que não atingiram o quociente eleitoral.
Critério - Se nenhum partido alcançar o quociente citado, serão considerados eleitos os mais votados na ordem de votação.
Tendencia- A previsão é de que os pequenos, para sobreviver, terão que se fundir ou criar federação, sob pena de perder o acesso ao Fundo Partidário e ao horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão.
Janela – A chamada “janelinha” permitirá em abril, que os parlamentares migrem para partidos grandes ou médios.
É o que deverá ocorrer.
PL – Serão "pragmáticos" os planos do PL de fazer uma grande bancada, tanto na hipótese de Bolsonaro se reeleger, quanto em caso de vitória de Lula.
Para quem conhece a política brasileira, a história irá repetir-se.
Insultos - Quem chama Moro de “traíra” são os bolsonaristas; de “golpista, os petistas.
A estratégia do ex-juiz é atacar os dois e reforçar sua posição no eleitorado que não quer nem Bolsonaro nem Lula.
Poderá acontecer, se não surgir nome de terceira via, capaz de dialogar com todos.
Plano B - Voltam a surgir rumores de que Bolsonaro tenha um “plano B” para a eleição, que consistiria em desacreditar das urnas eletrônicas e não aceitar uma eventual derrota eleitoral, como Donald Trump nos EUA.
Felizmente, a maioria do país defende a urna eletrônica e as instituições estão sólidas.
FMI - O FMI previu ontem, 10, em documento, que o possível endurecimento da política de combate a inflação nos Estados Unidos trará consequências desastrosas para as econômicas emergentes.
Deus proteja o Brasil!
Espalha brasa - A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, continua afastando o partido das lideranças do mercado, com anuncio de decisões radicais.
Disse ela: “PT quer mostrar, desde já, que vai revogar o teto de gastos, a política de preços da Petrobras e a reforma trabalhista e diz não estar preocupado com o que pensam os donos do dinheiro.”
Saúde & infância – Seleto time de 16 países cuida dos seus habitantes, desde a infância.
São eles: Alemanha, Argentina, Áustria, Canadá, Chile, China, Cuba, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hungria, Israel, Itália e Portugal.
Essas nações têm cerca de 2,2 bilhões dos 7,8 bilhões de habitantes da terra.
Distantes - China e Cuba estão distantes dos ideais democráticos.
Mas colocam a ciência em primeiro lugar.
O Brasil hoje é uma exceção, na vacinação infantil.
Ciro- Para o ex-ministro do STF Joaquim Barboza, o ex-ministro Ciro Gomes seria um bom presidente da República.
Ele não acredita na vitória de Lula.