Postado às 06h59 | 18 Jan 2023
Ney Lopes
Analistas da BBC de Londres publicam análises do Fórum Econômico de Davos, que se realiza na Suíça.
Uma dessas análises aborda como lidar com choques, que atingiram a economia mundial.
Em 2022 um terço do mundo enfrentou a inflação.
Entretanto, Davos tem uma previsão otimista para 2023.
Há alguns sinais de que os primeiros indicadores de alta da inflação na economia mundial estão começando a se normalizar.
Por exemplo, a Tesla, empresa de Elon Musk, atribuiu sua decisão de reduzir os preços de seus carros elétricos na semana passada a essa mudança.
Em todo o mundo, parece que a inflação, embora alta, atingiu o pico.
Incrivelmente, grande parte da Europa conseguiu acabar com sua dependência do gás russo no espaço de um ano, construindo terminais temporários para processar o gás liquefeito embarcado, de modo que não dependa de gasodutos da Sibéria.
No entanto, também surgem novas tensões, levantando questões sobre até que ponto a inflação acabará caindo.
A nova legislação de Joe Biden para impulsionar a economia verde da América inclui £ 300 bilhões em subsídios para a compra de carros elétricos, mas apenas se eles forem fabricados principalmente na América do Norte.
A Lei de Redução da Inflação também afeta uma série de outras manufaturas e produção e está exigindo que algumas empresas europeias instalem suas fábricas nos EUA.
Enquanto isso, os líderes europeus estão furiosos e prestes a responder, potencialmente com subsídios significativos próprios, presumivelmente também contendo cláusulas "Compre europeu".
Os EUA justificam que sua nova legislação visa competir com a China
Há outro fenômeno que poderá afetar a economia global, que é a expansão da nova plataforma de inteligência artificial.
Essa tecnologia poderá ser tão impactante a ponto de causar um choque econômico global. Será um salto à custa da perda de milhões de empregos existentes.
Em resumo, as decisões do Fórum de Davos poderão influir decisivamente principalmente em economia como a do Brasil.
Com a guerra na Europa, a reabertura da China e a ocorrência de uma revolução tecnológica há muito esperada, as decisões políticas e de investimento poderão mudar a direção da economia mundial.
Diante dos desafios econômicos globais, não há outra alternativa, senão aguardar!