Postado às 06h43 | 04 Jan 2022
Começou o ano do bicentenário da independência do Brasil.
O país ainda enfrenta uma pandemia que já matou cerca de 620 mil brasileiros.
O quadro se agrava pela crise econômica, que gera o imenso drama social do desemprego, da desigualdade, da exclusão, da fome.
No primeiro centenário, em 1922, tivemos de conviver com os restos da devastação causada pela gripe espanhola, chegada em 1918.
Preocupação I – A crise sanitária desperta para o fato de que somos o oitavo país mais desigual do mundo e ocupamos a 84.ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano.
Em 2010, o 1% mais rico da população detinha 44% da riqueza nacional.
Preocupação II - Há três décadas, as taxas de crescimento são medíocres, incapazes de gerar os empregos necessários e viabilizar políticas sociais que reduzam a miséria.
Preocupação III – 2022 enfrentará a falta de medidas redistributivas de renda, como o aumento do imposto sobre heranças, a taxação de dividendos, a alteração nas faixas do Imposto de Renda.
A taxação é sobre o consumo, e não a renda.
Tal fato significa crueldade para aqueles de menor renda e beneficia os de maiores rendimentos.
Veja-se um exemplo: quem “consome” no café da manhã um cafezinho, um bolo e uma água mineral, paga de impostos 16,52% no cafezinho; 33,95% no bolo e, em uma simples garrafinha de água, 37,44%.”.
O critério do imposto sobre consumo não faz diferença entre quem está comprando, se é milionário, se é de classe média ou pobre.
O valor pago é exatamente o mesmo, independente da sua renda.
Preocupação IV – O exemplo é que no Brasil a mais alta taxação do Imposto de Renda atinge 27,5%.
Nos Estados Unidos, é de 37%, no Chile, 40%, em Portugal, 48%, no Japão, 56%.
Tais desigualdades acumulam massas de desempregados, subempregados e não empregáveis, sem perspectiva de solução.
Agenda - Após pandemia impõe-se que haja urgentemente um “consenso”, em torno crescimento econômico e a redução da desigualdade social.
Essa agenda terá que ser elaborada acima de ideologias, programas partidários e opiniões pessoais, mesmo durante a campanha eleitoral.
Caminho – A eleição de 2022 é a luz no final do túnel.
Ainda há tempo do debate político colocar-se em torno de ideias, propostas e afastar os radicalismos.
O Brasil não precisa de um salvador.
Precisa apenas, de um estadista, que evite transformar o governo em palco de guerra ideológica e política, mas, ao contrário, una a Nação, sem discriminações e busque o consenso possível para atingir os objetivos nacionais permanentes.
Essa será a melhor homenagem àqueles, que em 1822 decretaram a nossa Independência.
Vacinação- O Brasil tem 143,4 milhões de pessoas totalmente imunizadas contra a covid, ou 67,23% da população.
Incrível que o presidente, pelo seu estilo de provocar polêmicas desnecessárias, não capitalize essa conquista.
Vice do PT – Ficará na geladeira a escolha do candidato à vice-presidência de Lula.
A ordem é tratar, primeiramente, das conversas estaduais e a federação de partidos.
Prazo – A tendência é de que o desfecho fique para abril ou maio, depois da "janela" para troca de legenda, que se abrirá em março.
Alckmin – “Nem mel, nem cumbuca”, que significa dizer "nem uma coisa,nem outra".
É o que pode acontecer com Alckmin, diante da intenção do PT de nada decidir no momento.
Isto porque, Gilberto Kassab do PSD já busca outro nome para concorrer ao governo de São Paulo, hipótese em que a legenda não apoiaria Alckmin.
Sarney – Declarou o ex-presidente José Sarney sobre a vacinação infantil.
“Ser obrigatória não é contra os direitos constitucionais, mas resultado deles, pois a vacinação não é um processo individual, mas um instrumento coletivo em defesa do mais básico dos direitos, o direito à vida”.
Vendas - Os shoppings centers venderam 10% a mais do que em 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira de Shoppings Centers, mas ainda ficou 3,5% abaixo de 2019.
Alemanha - A incidência acumulada de novas infecções de Covid19 por 100 000 habitantes em sete dias subiu na Alemanha pelo quinto dia consecutivo, para 232,4 contágios, quando se inicia o retorno escalonado às aulas.
Lula – Aloizio Mercadante cuida do plano de governo de Lula.
As linhas gerais são: combater a miséria, o desemprego e mostrar que o presidente da República pode aumentar o poder de compra da população.
FGTS I- Os trabalhadores nascidos em janeiro já poderão fazer a retirada anual do saque-aniversário do FGTS.
O profissional que opta por essa modalidade pode retirar uma parte do FGTS uma vez por ano, mas não tem acesso ao saldo integral do fundo, se for demitido sem justa causa.
FGTS II - Os aniversariantes deste mês que têm saldo no FGTS podem fazer a adesão ao saque-aniversário até o dia 31 de janeiro.
O dinheiro poderá ser retirado até o dia 31 de março.