Postado às 15h14 | 30 Out 2024
Ney Lopes
Cuba sofre há dias o pior “apagão” que já atingiu a ilha.
Desde 17 de outubro, o país inteiro foi mergulhado na escuridão.
Deixa cerca de 10 milhões de cubanos praticamente sem energia. A comida começa a apodrecer nas geladeiras.
Muitas casas estão sem água, pois o fornecimento depende de bombas elétricas.
As ruas de Havana ficaram quase totalmente escuras, com os moradores sentados nas portas, sob o calor sufocante, com os rostos iluminados pelos celulares.
Outros estão incomunicáveis, com familiares incapazes de alcançá-los, e várias mães à beira de um colapso nervoso, pois seus filhos dependem de respiradores artificiais.
Modelo econômico
É uma situação crítica, com escolas, empresas fechadas e temores quanto ao funcionamento contínuo dos hospitais. As oito usinas termoelétricas cubanas estão em operação há quase 40 anos, e essas usinas exigem um alto nível de manutenção operacional e de capital, que não está sendo cumprido.
O modelo econômico não funciona. Não há crescimento sustentado que permita atrair o investimento estrangeiro.
O capital internacional irá apostar em países que oferecem futuro.
Por outro lado, a principal tarefa do governo seria implantar novas políticas e programas que incentivem e acelerem uma transição para energia limpa, incentivar as energias eólica e solar e o armazenamento em telhados. Não age assim.
Embargo comercial
O governo cubano e seus aliados culpam o embargo comercial – ou bloqueio, como é chamado em Cuba - decretado pelos Estados Unidos, em 19 de outubro de 1960, que dura 64 anos.
Foram embargadas as exportações americanas, exceto alimentos e remédios, depois que Cuba estatizou, sem indenização, as refinarias de petróleo de propriedade americana.
Frank Calzón, cientista político cubano afirma que “boa parte do que o governo cubano chama de bloqueio é mentira: os EUA vendem tudo o que precisam a Cuba, mas exigem que o pagamento seja em dinheiro.”.
Diante desse quadro econômico catastrófico, o presidente cubano Miguel Diaz Canel declarou na televisão, que a “Pátria, Revolução e socialismo garantem proteção para todos”.
As redes sociais foram inundadas de protestos, onde o povo dizia que “o problema é que a pátria, a revolução e o socialismo não podem ser comidos, não acabam com a pobreza e não fornecem assistência médica”.
Os fatos mostram que Cuba vive não apenas uma crise econômica, mas também humanitária, que justifica apoio internacional imediato para consertar o sistema.
Quando há vidas humanas em risco, não podem prevalecer eventuais interesses econômicos ou políticos.
+ Conselho: Joanna Guerra, vice-prefeita eleita de Natal, “quer zerar filhas de creche em 2025”. Posso aconselhar, por ter sido vice-prefeito de Vilma Faria. Fiz promessa semelhante, na área de competência do executivo, em relação a preço de passagens de coletivos. Não me dei bem e aprendi a lição de Stanislaw Ponte Preta: “O vice acorda mais cedo para passar mais tempo sem fazer nada”. Infelizmente! Sob pena de ser isolado.
+ O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos afirmou que mais de 40 companhias aéreas estrangeiras que operam aviões Boeing 737 podem estar usando aeronaves com componentes que podem representar riscos à segurança.
+ A eleição municipal que terminou domingo ficou conhecida como a “das emendas parlamentares”. Mas poderia também ser chamada de “eleição dos fundos”. Nunca na história ficou tão claro o poder do dinheiro na definição dos resultados finais, especialmente na reeleição da maioria esmagadora dos prefeitos de capitais.
1517 – Martinho Lutero publica as 95 Teses de sua Reforma.
1905 – Mário de Alencar é eleito para a Cadeira no- 21 da Academia Brasileira de Letras.
1945 – O Peru é admitido como Estado-membro das Nações Unidas.
1996 – Voo TAM 402 cai em São Paulo, no Jabaquara, matando 96 pessoas a bordo e três moradores do município.
2004 – Tabaré Vázquez é eleito presidente do Uruguai.
2010 – Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil.
2011 – O planeta Terra atinge 7 bilhões de pessoas.