Postado às 05h56 | 23 Mai 2022
Ney Lopes
O Fórum Econômico Mundial de Davos, Suíça, instala-se hoje e vai até quinta, 26, após paralização de mais de dois anos, em razão da pandemia.
O cenário do encontro é a cidade de Davos, situada em complexo turístico nos Alpes, uma das maiores regiões da Europa para a prática de esportes de neve e a cidade mais alta de todo o continente.
Esse Fórum foi fundado em 1971 pelo economista e engenheiro alemão Klaus Schwab, que à época ministrava aulas de gestão empresarial na Universidade de Genebra.
O retorno em 2022 faz-se em contexto de incerteza, devido à guerra na Ucrânia, a pandemia e alterações climáticas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fará o discurso de abertura por videoconferência e o pais enviará delegação oficial, aproveitando a grande concentração de figuras importantes para defender a sua causa e lançar a discussão sobre a reconstrução da nação.
Não foi convidado qualquer representante do Governo, ou de empresas russas.
O objetivo da conferência de Davos é reunir os principais líderes mundiais para debater os problemas globais mais urgentes e procurar soluções para estes desafios.
Em 1987, converteu-se no Fórum Econômico Mundial.
Em 2015, foi reconhecido como organização internacional.
A última reunião de Davos realizou-se em janeiro de 2020, quando celebrou 50 anos de existência.
Os organizadores consideram o evento deste ano, o mais importante, desde a sua criação" por todos os problemas que o mundo enfrenta e que põem à prova governos e negócios”.
O Brasil estará representado pelos ministros Paulo Guedes e Marcelo Queiroga.
O primeiro apresentará o Brasil como “destino privilegiado para investimentos e como um país destacado para soluções de segurança energética e alimentar internacional.
O segundo pretende discutir o futuro das patentes de medicamentos para o tratamento da Covid-19.
Embora seja um encontro de capitalistas, o Fórum de Davos sempre destacou em suas conclusões que a crescente desigualdade social no mundo contribuí para a polarização política e a erosão da coesão social.
Os dados coletados pelo Fórum apontam a Noruega como o país mais inclusivo, com avanços sociais constantes.
Em seguida vêm Islândia, Luxemburgo, Suíça e Dinamarca.
Entre os emergentes, destacam-se os bons desempenhos de Lituânia, Hungria, Letônia e Polônia.
Considerando a presença de figuras e instituições globais expressivas, o Fórum Econômico Mundial de Davos é uma oportunidade de encarar com objetividade a crise social, econômica, política e ambiental do mundo e buscar soluções consensuais.
Afinal, os bilionários que participam do evento sabem que não há riqueza estável, sem que o Estado possa oferecer a segurança institucional necessária para a paz social.
E essa segurança é missão de todos.