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Análise: "Chega uma nova “pandemia”"

Postado às 05h17 | 01 Set 2020

Ney Lopes

Perigo à vista!  Aproxima-se uma nova pandemia. Os laboratórios não se interessam na pesquisa de novos medicamentos para combate-la, pelo motivo de que dá mais lucro a venda de remédios contra o câncer, que podem ser usados por longos períodos, ou as estatinas, que são prescritas durante metade da vida.

A causa da ameaça   é a propagação da “bactéria multirresistente”, decorrente do uso prolongado de antibióticos.

Alexander Fleming, criador da penicilina, já advertia que, em tal situação, a bactéria adapta-se ao organismo e sobrevive. Hoje já é realidade no mundo cientifico a “resistência aos antibióticos”, fenômeno que cresce dia a dia. Na história da Biologia e da Medicina, várias descobertas destacaram-se, como é o caso do processo que permitiu o desenvolvimento das vacinas.

Outra descoberta marcante foi o desenvolvimento dos antibióticos, que matam as bactérias.

Até início do século XX, a principal causa de morte eram infecções por vírus e bactérias. As vacinas reduziram as primeiras e os antibióticos diminuíram   a letalidade das últimas.

Atualmente, milhares de pessoas morrem de infecções por “bactérias resistentes” aos medicamentos disponíveis. A previsão é que esse número cresça vertiginosamente.

Tornou-se comum identificar nos hospitais bactérias resistentes, que levam à óbito.

Quando um tratamento é finalizado antes da hora, ou o paciente toma antibiótico quando não se justifica, a bactéria sobrevive depois de ter tido contato com o remédio e sai reforçada para novas infecções. É como se tivesse feito um treinamento para infectar mortalmente as pessoas.

Acordos na ONU de combate a essas bactérias mostram que há consenso internacional sobre a existência do problema e sua importância.

O que falta é maior conscientização dos governos para a implantação de medidas preventivas, que evitem o surgimento em futuro próximo de uma nova pandemia, agora originária das “superbactérias”, geradas na utilização excessiva de antibióticos.

Esse o grande alerta à humanidade.

 

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