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Análise: "Charles III é consultado, encoraja e adverte"

Postado às 06h15 | 12 Set 2022

Ney Lopes

A imprensa internacional tem especulado sobre o futuro desempenho do novo rei Charles III, no Reino Unido.

Com pouca popularidade, surgiram notícias de que sofrera pressão para renunciar em favor do seu filho William.

Embora com poderes simbólicos na condução do país, a presença de Charles III será de fundamental importância para a nação inglesa superar a gravíssima crise econômica que enfrenta.

Por outro lado, a morte de Elizabeth II reacendeu protestos e memórias da sangrenta história colonial britânica, tais como, atrocidades contra populações indígenas, roubo de estátuas e artefatos de nações do oeste da África, ouro e diamantes da África do Sul e da Índia, escravidão e opressão.

Postagens divulgadas exigem a devolução do diamante Estrela da África, encontrado na África do Sul em 1905 e hoje parte das Joias da Coroa Britânica.

A história desse diamante começa em 26 de janeiro de 1905 quando numa mina perto de Pretoria foi encontrado o maior diamante natural do mundo.  

A pedra, de 3.106 quilates (637 gramas) foi cortada e lapidada em 105 peças, entregues à coroa da Inglaterra.

A maior delas, “Estrela da África”, adornou o cetro do rei Eduardo VII.

O descobridor do diamante encontrava-se em túnel  a seis metros abaixo da superfície, quando percebeu um lampejo como se fosse o brilho de uma estrela incrustado num muro, acima de sua cabeça.

Era a peça conhecida como a grande “Estrela da África”.

Essa é hoje uma das pedras preciosas da Coroa Imperial do Estado, usada pela rainha Elizabeth II, até a morte.

Neste contexto, o rei Charles III administrará conflitos no Canadá, Austrália e Nova Zelândia, onde o chefe de Estado é o monarca britânico.

O jornalista Guga Chacra analisa, que ele e a rainha Camilla poderão surpreender positivamente.

O rei manteve-se discreto, diante das ações de sua mãe, porém revelou engajamento em causas ambientais e seu combate a certos preconceitos, como a islamofobia (repugnância e repúdio aos muçulmanos).

Charles passou os 70 anos do reinado da monarca se preparando para ser rei.

Ele foi o herdeiro do trono britânico, que mais esperou para assumi-lo.

Pesquisa do segundo trimestre deste ano mostra que, enquanto 75% dos britânicos tinham uma opinião positiva de Elizabeth 2ª, o índice para Charles é de 42%.

O seu filho William, primeiro na linha de sucessão, tem 66%.

De agora por diante, Charles III terá ocasião de expressar seus pontos de vista na audiência semanal com o primeiro-ministro, exercendo seu “trio de direitos”, de acordo com a Constituição britânica: “ser consultado, encorajar e advertir”.

 

 

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